Olá.
Sou uma morena
de cabelos negros misteriosos, com caracóis ondulados misturados de castanho
dourados, num não sei quê de selvagem, extraordinariamente exótico de fêmea
sedutora.
Tenho um corpo de curvas e contornos bem desenhados, cheiinho de redondos criado ao pormenor, de obra divina sem interferência humana… ao passar, meu andar é de parar o trânsito, até no ar voluptuoso, o cortar a respiração, tudo andando ao contrário na Terra, só o meu passo vai certo na queda.
Tenho um corpo de curvas e contornos bem desenhados, cheiinho de redondos criado ao pormenor, de obra divina sem interferência humana… ao passar, meu andar é de parar o trânsito, até no ar voluptuoso, o cortar a respiração, tudo andando ao contrário na Terra, só o meu passo vai certo na queda.
Meu rosto é
lindo de morrer… todo oval como marca dum anjo anunciado, se começar pela
fronte de um liso imenso, sobressai o cabelo, sobrancelhas bem desenhadas como
só Deus sabe pintar, terminando no nariz plantado como uma flor num vaso,
espécie rara, de não se encontrar em nenhum lugar, nem na Antártida no fundo do
mar.
Meus olhos são pérolas do fundo do oceano, onde nenhum homem ou os deuses podem desvendar, de brilho rasgado como safiras em mágicas cores alternadas.
São gemas
naturais maravilhas do mundo, que enfeitiçam o homem e transformam os deuses em
prisioneiros de corações acorrentados.
Minhas faces
rosadas, são duas almas gémeas à espera do instante…. Ser acariciadas como
romãs encarnadas de tantos beijos, e meus lábios, guarida de paixões, que
contam em silêncio todos os meus segredos e desejos, molham desertos por
nascentes iluminadas, tocam mansidões em êxtases, e por entre línguas preenchem
lacunas, tocam meu meio no centro bem dentro, emitem gemidos do sentido… e profundo
ser.
Estou na Lua
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu
Onde tu estás toda nua só com o véu
Não me chateies que eu agora estou na Lua
E em breve vou chegar ao céu
Onde tu estás toda nua só com o véu
(OS LUNÁTICOS)
Sempre gostei
muito desta canção, do céu, da lua como refrão, toda nua só com o véu...
O que é do
Criador não se toca, é pecado; mas que dá vontade de fazer de diabo… ou compor
amor com uma viola e tocar uma nota sem dó, em ré maior menos o si, seguido do
sol… é criar, inventar a arte dos amantes, numa nova forma de amar.
Nunca vi tanta
beleza, não se viu no cosmos assim uma estrela, nem sabia que as estrelas
também têm sorriso tão belo; o que há no céu é limitado, pequenino, ao pé deste
olhar maravilhoso, maior que o universo aqui ao lado… meu Deus!