quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ASSIM VAI A MINHA INCOMPOL



ASSIM VAI A MINHA INCOMPOL




Considero-a “mãe” importante na minha existência.

Ajudei-a a crescer e dei o melhor que pude e sabia para ser o que ela é hoje.
Ela é uma parte de mim, tem o meu suor marcadamente correspondido, e o meu sangue com um dedo perdido.





Muitos dias e noites construindo sonhos produtivos para continuar a ser reconhecida pelos seus pergaminhos, concorrendo para a consolidação das almas que rejubilam com a perfeição de suas peças mágicas, formando o puzzle que é esta família unida – Incompol. 


/Lugar de meu labor…/

Um marco que sai do esforço de todos diariamente esgotado, sem entusiasmos repetidos porque nem sempre as compensações são moralmente devidas - mas por amor o que não se faz? Tudo.


São factos passados sem causas nem rebuliços que passam marcados pelo que vai e não volta tempo depois de anos seguidos, pois a luta é sempre na mesma direcção, o êxito de quem labora.
Actualmente, a chefia quer uma disciplina de cariz controlado, à boa maneira dos velhos tempos de outrora... tendo como finalidade produzir germes com ou sem casca, desde que sejam em grandes quantidades, resultando mais valias se não houver desperdícios e a qualidade for efectiva.


Vem aí tempos bravios com calendários de muitas horas, calores e arrepios com muitos suores e recompensas incertas... pois a crise em que se encontra o mundo apenas serve para ir sobrevivendo...


E eu cheio de stress dos afazeres que a produção deste meio traz a toda a gente… laboro em horário normal porque não sei trabalhar sobre pressão, e com confiança e responsabilidade nem sequer imponho condição, sou capaz de ir até ao fim do mundo… ainda que não exija e esteja a ser estúpido se me falarem ao coração.  Já disse - o que não se faz por amor? Tudo.



Responsabilidade é um atributo e não deveria exceder a confiança de quem tem medo, atribuindo uma boa performance a quem desempenha com profissionalidade e brio o lavrar em liberdade como trapezista da vida.











II








/Lugar que devia ser a nossa casa…/

Há algum lugar melhor que a nossa casa?
Claro que não. 

Essa casa em forma de coração gigante… terá de ser a mesma que nos fará sentir bem connosco no desempenho das nossas funções, dando apoio aos nossos anseios com formações e aprendizagens, progredindo profissionalmente num crescer em harmonia, zelando pelo bem-estar dos que constroem, criando riqueza para o bom nome da Empresa e protecção dos assalariados como grupo familiar, levando a Incompol como estandarte a todas as partes do mundo, com provas dadas na indústria certificadamente adquirida e reconhecida por entidades competentes.


Como se consegue tudo isso?
Com amizade, lealdade e mais respeito por quem trabalha.
Ao sentir-mos esses laços, estamos dispostos a enfrentar todas os estorvos e a fazer de mentes robotizadas como querem e é apanágio das chefias. 

Para todas as profissões há uma filosofia que temos de cumprir segundo ordens superiores - para todos os trabalhadores deveria haver uma psicologia onde fossem tratados com amor.
Sim com amor, não é engano.

O amor é a norma de qualidade que resolve todos os problemas da humanidade e constituintes, que move montanhas e substitui Impérios, que inventa na modernidade dos tempos novas tecnologias e sistemas avançados não traumáticos para as gentes de todos os Universos. 

Vamos trabalhar com amor, construir a escola da formação com amor profissional, aprender a viver com amor na empresa que nos poderá abrir a porta dos nossos sonhos com chave de ouro – vamos pintá-la com as cores da esperança e gritar: 
- Viva a Incompol!




III





/Indiferença da realidade com menos humanidade…/


Minha usina embora seja de lata, vai de um lado a outro muito comprido, com telhas de chapa a escaldar e máquinas a queimar, ruídos de surdina com ventilação no verão, de fogo muito quente e com ar condicionado quem é administrativo, enfim… até nem é preciso, no inverno é bem geladinho.


E para falar verdade, compensa, o corpo está sempre na temperatura habitual… meses de frio intenso e outros tantos de calor imenso, o que faz um ano bem dividido com o tempo corporal em ambiente anormal e um sofrimento de esforços físicos e ambiente totalmente bem mal.
Mulheres e homens simples que são usados como o quebrar do hímen a uma virgem… 

E precisando mesmo assim da magra quantia dos ordenados para sentirem que estão vivos, que a ilusão faz parte do quotidiano, que viver assim também é uma realidade, e darmos graças por ter a sorte dum emprego. Somos máquinas soltas não-livres, responsavelmente parecidos como locomotivas, dois braços rotativos, olhos quebradiços de fumo e uma cabeça de metal como puzzle . Ou então,  carne e ossos do ofício, números do aparelho produtivo com tatuagens e marcas de concepção espiritual espalhadas pelo laboratório do mundo, em sintonia com o poder e no silêncio de Deus. 


/Lugar de qualidade…/


Este é o lema, o esforço desta empresa, o contentamento do comprador com a marca atribuída e atributos proporcionais.
Logo, quase me atreveria a dizer que a:

- Qualidade é exceder as expectativas do cliente.

Mas pensar como eu sinto, diria:

- Qualidade é vender amor e dar prazer ao cliente.


Assim vai a minha Incompol.
Melhores dias hão-de chegar.
17 de Junho 2010



P.S.: Estas palavras são apenas  para constatar que uns deram mais que outros para levar o nome da Incompol além fronteiras, mas no fim, todos contribuíram com muito esforço para não deixar cair esta Empresa. Hoje, dia 11-09-2016, eu já não faço parte desta família, mas continuo cá fora a torcer por vós, e se houver diálogo, lealdade e união, a Incompol nunca morrerá! E porque se vivem tempos muito difíceis, desejo muita coragem e força a todos sem excepção.
Um abraço a todos os colegas e Administração.