terça-feira, 4 de março de 2014

SEM DENODO






SEM DENODO




Pensei que eras tu
o  espaldar do corpo
alma sofrida…
o sinal do conforto
a condiscípula da vida.

Pensei que eras tu
plangência diabólica,
misérrimo vodu
parábola incómoda…
perdido passo no mundo
orneio que não busco.

Pensei que eras tu…
e novo remoçado padecimento
acoitou afligido bruxo,
quedou no murmurar do espavento
desgrenhado espírito que aturdo.

Pensei que eras tu
engano insólito,
escusa fraco modo.
Sou eu, patético muco.