terça-feira, 6 de março de 2012

GREGO DE MANHÃ CEDO





GREGO DE MANHÃ CEDO







Somos do tamanho infinito invisível dos nossos mundos… 
Como uma luz num precipício imenso, possuímos olhos profundos na dimensão que queremos, visitando lugares desconhecidos que foram inventados como impossíveis, os que sendo grandes sem alcance da mão humana - conquistamos.


Sonhamos desmedidamente sem instrução plena que nos pertencem amiúde nos profundos da consciência como bárbaros sequiosos pela fama.
Somos a extensão por onde começa e ilimitadamente nunca acaba onde interessa...
Os Universos da mente, portas que encerra, aquando da semente lançada ao despautério de um momento, pelas fraquezas da alma em prole da falsa modéstia.
...Que não há fim dos tempos que se avizinha… por não serem, existem.


Um rasto de meteorito como uma cauda de um cometa, fragmentos que provieram doutros detritos, deram origem a uma nova era dentre tantas eras que existiram... formaram biliões de astros e numa nova forma desceram à Terra, como inicio e fim da vida. 
Conhecida como única realidade daquilo que somos, por não sabermos a razão de habitarmos no imenso vazio que os nossos olhos alcançam até a um certo limite, e apenas sentir o desconhecido que nos motiva a origem das estrelas sem ninguém fixo, temos medo de ter medos que nos transformem de bestiais em bestas.
Porque andam soltos como hienas, adoramos o mistério da nossa ignorância, justificando a não-ciência, dizendo adeus à passagem dum cometa… resumindo tudo na palavra Deus. 


Claro, acreditamos no medo. 
Nascemos como interrogação do desconhecido, e dizemos tudo isso porque somos obtusos, e sem explicação credível, alimentando os fantasmas do nosso alfabetismo medroso.
Não é estúpido esta conformidade do nosso raciocínio?
E tão conveniente a quem inventa todos os princípios mundanos?
Se algo existe, e toda a gente diz quem é, e nunca ninguém viu... falso, mantém-se verdadeiro, porque há necessidade de acreditar na impossível bondade, que faz viver a estupidez e todas as conclusões aflitas.


Outros ciclos antes deste, quando o homem era cabelo, tanga e uma moca para combater à paulada o afastamento da morte… um dia era um dia, o outro podia não ser, nunca se podia saber quando se estava vivo.
Também os arautos do Reino, histórias de Reis e princesas que viveram falsas vidas, e o povo lenda viva da verdadeira Divindade, sacrificado ao sangue nobre da riqueza e devassidão, querendo ficar como imortais à custa das almas perdidas no intercâmbio da Deidade em Satã.
Tudo foi sempre assim, o que fica em cima para domínio da sua conveniência, não sabe viver doutra forma que não seja sugar os princípios da decência, e estupidificar quem vive.
Os séculos avançam, mas os sapiens são sempre os mesmos. De anjos, transformam-se em feras... coabitando com os monstros de bata e cruzes de ouro, conspurcada com o sangue da humanidade.


Num qualquer ápice se encavalitam desalmados, num sopro invisível se esfumam depois de terem sido… houve tempos em que foram uma lenda e esquisitos.
Com a eternidade da fantasia, sem morfologias de espíritos reais, brincamos, sorrimos, choramos demais… e pequenino é outro mundo que havia.
Se apontamos aos filhos da noite ligeirices, e queremos os astros como berlindes... sem esquisitices, crescemos, e os sonhos em cavernas aparecem como cascatas incertas, onde vivem no escuro de cabeças no ar e pernas debaixo, cegando o olhar da alma sem entusiasmo, e conscientes da ilusão aos poucos porque somos adultos... chatos e brutos, tão loucos!


Partimos jovens, e não falo das partidas sem voltas.
Partimos no dia em que deixamos de achar, crescemos, somos homens e esquecemos de amar… achamos tudo tão grandemente exacto, que caímos no esgoto absurdo, os caminhos cheios de buracos, e o coração de pedra forrado a chumbo, náufrago de ondas com precipícios humanamente impossível dos sítios...
Somos meninos e imaginamos... inteligentes como donos do ser, para tornar a esperança de ambos na realidade deste outro fundo…
E não podemos crescer se queremos ser maturos, porque só podemos sonhar com outros mundos gigantes... quando somos miúdos.
Crescemos, e os sonhos dissolutos, aparecem como tormentos únicos, surgem tão estúpidos!

Se não somos, porque fazemos mal ao Mundo?
Pobreza, guerras, fome…
Porque somos crescidos, chatos e brutos!