terça-feira, 24 de agosto de 2021

VERSOS DA LÍNGUA COM CHEIRO A MERDA

 


 


VERSOS DA LÍNGUA COM CHEIRO A MERDA




Língua de porco é grunhir…
Não é falar.
É tão feio!
Quando no meio…
Se está a cagar…
E a sorrir
com tanta fluidez desse cheiro.

Vício duro de palavras
/Que malvadas!.../
Que até parece normal
tanta pressa de falar mal.

Mas não é por isso que dejectam?
Sai em catapultas!
Onde as cercam…
como pulgas!
Merdas obtusas.

Um cagalhão
não é um chouriço.
Mas um chouriço comido
digerido com arte,
é um cagalhão em qualquer parte.


Assim é a personagem
deste animal sem coração.

Faça o que fizer, são selvagens!
De todas as misturas insípidas
azevinho, rastilho, silvas…
Será sempre o pivete dum cagalhão.

Pobre diaba!
Desgraçada!

Caga na alma…
Caga! Caga!

Espanta o fumo do cu!
Sai do reto Belzebu!

Quem nasca ruim?
Morre assim.

… antes fosse boa pessoa.
Mas quem nasceu ruim?
Tem coração à toa
Morre assim.

Espelho meu?
Quem é a mais bela das moças?
Sou eu! Sou eu!
Uma linda boneca!
/Solta a cara das moscas/
/Limpa essa merda/

Não se é Deus nem burro,
mas perdoa-se quase tudo.
Que Ele tenha pena de quem é assim,
e que o martírio dessa alma errante
tenha um dia cura e descanse.

Mas quem nasceu ruim?
Morre assim.




*


 
Ao cuidar do seu jardim
que nasça da flor lume
purificando ar de jasmim
e que não cheire a estrume.