terça-feira, 11 de março de 2008

PESADELO






PESADELO




Atingir o impensável cume…
a meta do reflexo instável

A acidez cada vez mais amável
a ficção de altitude

Inatingível uso da sensação
que se encontra no cimo
sei que é dele que preciso...
depois não sei qual a razão.

Subo por um fio, coisa finíssima
não compreendo esta subida…
medo do esgoto quebradiço

Agarro insistente tenaz
estou quase lá…
mas ainda não consigo.

Falta o espaço mínimo

e quando atinjo…
estou outra vez lá atrás…

Por entre devaneios sonho.
O chão que piso está solto.

Em queda pelo abismo
caio caindo num vazio…

E nunca mais acaba, sinto
aflito, contradigo pensamento
a visão geral do tormento

E sucessivamente transpiro
dum louco alívio…

Acordo, suspiro.