quinta-feira, 6 de setembro de 2012

LETRAS, SISTEMA, OU AMOR?





LETRAS, SISTEMA, OU AMOR?





/LETRAS - A incerteza do autor/



/ Estava agora a pensar do meu jeito sobre que iria escrever…
Não sabendo parei de pensar.
Ao parar não escrevo, mas as palavras emudecidas vão saindo como letrinhas de migas estrelícia, e eu fico admirado na mesma… 

As inscrições continuam aparecendo e… Isto é apenas letras sem pensamento./

/ Pego na minha pena, a tinta vai saindo como rabiscos sem ideias, e da imaginação vaga penso que as palavras são ocas, fugitivas de um fundo vazio sem porta que tenha ferrolhos, com frases construídas que sejam bonitas e possuam miolos.
Mas de assuntos que tenham luz de chama acesa não consigo, não invento, senão não é um conto de um caso que tenha biografia com uma crónica narrada, não é nada… lamento.
O  que são letras sem pensamento… porque as entrego ao vento?/

/ Raios me partam na hora em que me assentei aqui neste momento!

 
Da cadeira, assento os cotovelos e o olhar fixamente… 
Muda está minha cachimónia, hipnotizada no ecrã de luz com rosto de folha A4, sem juízo e com a cachola cheia de miséria… que mais pareço um pensador com crânio de merda!
Que fazer?

Este, é um daqueles dias que não tenho nada que dizer.
Por mais que pense… dou voltas à cabeça, vejo letras sem forma legível, as tais letras sem pensamento, porque não podem ser lidas com alfabeto propriamente coeso. 
Que tristeza meu Deus!
Sou um inconsequente da psiquiatria.
Tudo gira à volta da minha loucura

 Hoje?
É mesmo aquele dia…
Não devia estar sentado com cara de acanhado na companhia de algo ausente, interrompido ou cortado pelo voo raso dum avião militar estoirando os ares…

Qualquer coisa dentro a zunir como cucos …
Acho que vou dar milho ao cérebro em branco, assombrando o espantalho do intelecto. 

/Começou a chover lá fora… vou molhar as ideias, pode ser que…/

Pelo menos dá para levantar o traseiro da cadeira… coçar onde há comichão à procura de ideias… embora continue vazio de palavras, a não ser o inesperado resmungar dum foguete surdo, como o protestar de expressões ininteligíveis, sem tradução que as ligue.

Fica no ar… o cheiro, como as malvas do feijão.

E continua teimosamente como vem sendo, tudo letras sem pensamento. 





/ Oiço um carro na estrada, às vezes um acidente no cruzamento, mas a notícia é corrente - chapa derretida, a ambulância e a polícia, uns feridos e umas mortes habituais…
Não me levanto por causa de tal assunto, não gosto da impressão do sangue, e muito menos do torpor do meu encanto… porque a interrupção aqui, é o intervalo entre a inércia do meu sonho e o sono da morte como incidência da vida.

São motivo nos jornais de gente que desconheço, umas vozes que não compreendo, porque o que eu queria hoje era contar a minha história,  ou a narrativa de um facto que faça uma boa acção de leitura, contribuindo para os anais desta folha com desejos que me ultrapassam.
Consegui apenas formular elementos que são ruídos do meu movimento na cadeira, e junto pontinhos do meu intelecto em espalhafatosas letras sem pensamento. /

O pensamento é abstracto… o eco do silencio são os contínuos pingos da chuva que vão martelando os neurónios, ocupando o esbranquiçado vazio com a contagem crescente dos algarismos 5, 6… 17, 18… 50, 51… 64… … 99… 203… … 402… 501… … … 800… … … … … … 900… … … …

Aqui, vai o dormitar aritmético numa soma rocinante com o pesadelo das palavras, e uma voz cá dentro num grito repentino e alucinante:
- Não sai mesmo nada!|… nada!… nadaaaa…!!!
... e afogo o cérebro com água da chuva, por não saber nadar pensativamente como um pesadelo. 


 Intelectualmente, há uma voz cheia de raiva que me martiriza repetidamente:
 - Nada Filho da Puta!
E num sobressalto, levanto maquinalmente o cu da cadeira... 
Acordando dou comigo em pé de olhar estupefacto, perguntando a mim mesmo:
- O que foi isto?!



/Agora até o cabrão da inconsciência me insulta... por ser burro./


E isto são tudo, como não podia deixar de ser, enquanto sinto o esquecer de quem sou e o que quero ser… o adormecer destes pensamentos nestas letras sem pensamento.
/ Não sai mesmo nada, porque a saudosa imagem é ardor dum grande amor que neste momento ocupa tudo que quero pensar.



 
Meu cérebro me proíbe de criar… ensonado resta-me o quarto, vou me deitar.
Como sempre, pego num livro… leio ao sonhar e meio a dormir meio acordado… desligo o interruptor, e hipnotizado como letras sem pensamento – adormeço.
Entorpecido, durmo com o sonho e uma nova historia para contar. /




/SISTEMAO Crítico/


Há os subjugados e os que dominam… são o jugo mangado que chefiam os coitados… era vastíssimo demais se todos fossem príncipes iguais, como seria bonito!
Todos de mão dada… anjos e diabinhos sem se importarem nada. 

A uns cabe cumprir aborrecidamente no vazio da sua órbita, enfileirando a sua mente em anos que vão com a idade que não volta, plenamente integrados como pastoreio sob os princípios da catequese familiar para pasmar na sociedade como carneiros – e são a maioria como peixes dentro do mar.
É o puzzle do gato e do rato, porque tudo na vida, conforme o caso e o momento – é um jogo, e nós… os piões da roda em movimento.
Triste sina de quem é pequeno e nasce dominado, está refundido e fora de prazo.

A outros, mandar eternamente, porque é vício do processo dos homens poderosos secularmente, e se Deus nos lega mandamentos, nunca ninguém disse nem foi capaz de dizer aos componentes que também manda, e às vezes aniquila quando comanda.
Resta saber na realidade a quem mais por influência?
Se no campo ou cidade juntamente com a ciência.
Um doutro num, ou noutro em um, ou a quem der mais jeito, porque disseram algures com efeito… vieram à Terra num salto tecer assim lá no alto com um fogacho e outro enorme por baixo, como um poço sem fundos e ambos dividindo mundos. 

Quem dirige gentes promove guerras, cria bombas malditas, são nucleares como setas ao coração do Capitalismo que é o Sistema Bancário escondido como ratos nas esquinas.
Diante deles, os governos se rendem, se prostituem, se corrompem e nos sacrificam como cabeças de gado, abatendo os ossos que vêm do povo para partir e torcer… e atar os cornos inteiros de ouro e joias que são cobiça de quem é poder.
Como lambisgoias em plena transformação, vamos sendo meninos do coiro com lacinhos e batas episcopais, praticando a moral do gay às escondidas como cristãos de boa índole, em Sansões e Dalilas intocáveis com fitas amaricadas… enfiando no traseiro unguentos para curar as merdolas da doença Internacional que é a moda da CEE.

Promovendo a imagem nos média, em machos com “eles” no sítio… como um curral nos cerca sem aviso, aqueles rojões de tamanho engrandecida, parecidos com balões que saltam como bolas de naftalina… os anúncios analógicos provocam influências na clientela sob tiques do relógio, ao consumirem qualquer bosta desinfectada com uma lavagem passada pela lixívia, sugando iguarias como cogumelos de aspecto apetitoso e que antes eram tintins sebosos salpicados com a merda e o mijo.

 
Segundo (Eles…) não devíamos pensar a não ser nem a ser – só obedecer. Nem sequer questionar, pois quando nascemos intactos, metem-nos um supositório pelo cú da mente para não cagar ideias que sejam prejudiciais aos métodos tradicionalmente injectados e possam estragar as convenções mundiais, que em discursos preparados tentam impressionar as multidões nos tais canais do despotismo… disfarçados de jacarés com língua de camaleão engolindo mosquitos, para comerem inteiros as cabeças e os corações da população.
Uma mentalidade curiosa que a pequenez da idade nos trás… criando embriões virgens com pensamentos vulneráveis cheios de interferências, confrontados com o que devemos ou não fazer… um rebanho que vai sendo devorado pelo lobo mau… o sistema do poder.




O Zé povinho somos todos nós, os que gostam de protestar e mandá-los à outra parte... e que na perfeição do manguito, não gosta de ser f...... /tenho dito/. 



Ai Comunidade! Protesta! Faz banzé!
Ao défice que não desce, porque é?!
Pai Europa, CEE meu Curandeiro!
Tenho uma cãibra no testículo direito!
E um trocadilho do dedo cá do meu Zé!
Que ta careca, murcho carvalho sem jeito!
Põe-me direito, duro e teso, sempre em pé!





A vida continua… o vai-e-vem não pára, não pára para nos levar quando passa, mas gaivotas circulam, voando em círculos como fantasmas à espera de seus espíritos.
Mixórdias acontecem como refugo… mas a nação estaca, e as merdas continuam acontecendo como escórias dum besugo quando arrasa.
 O girar do mundo… entre um coice e uma patada a multidão pára, mas ele continua girando, mesmo que a gente não o empurre… avança mudando.
Ele gira germinando em flor, vai andando à sorte sussurrando, continuando no tempo a falar de amor ao vento como capicua, busca caminhando como um duende de parte incerta, volteando entre si da semente na Terra.




/AMORO Poeta/




Melhor, será falar de amor… a melhor religião do mundo contra o pior Sistema, para esquecermos a ganância e a vaidade dos homens cruéis.
 
Melhor, será falar de amor…
É amar nas palavras o ser, que somos todos nós seres pequenos amantes, é amar nos actos o corpo, e ter o dever de ser humano que todos nós seremos grandes.
Nunca é demais falar de amor, ou da razão do amor existir vinte e quatro horas, bater na mesma tecla ao insistir - esquecer tal sistema e vencer, olhar com afecto o crescer, sentir a eternidade do amor num dia… amor que nos faz viver, ser livre, ser adorador da liberdade, ser apaixonado do próprio amor… sentir apenas sentir, adorar para sempre amar, eterno amante do amor. 


Falar de amor…
Sem esse valor, a réstia de humanidade assombrada pela cruz que transportamos há dois mil anos, seria desprovida de vontade própria e de olhares esgazeados, como se fossem empurrados pelo vento em direcção ao vazio, mascarados do uso sem direcção… sem ossos e superstições no cemitérios dos índios, sem mistérios da ciência dizendo ser menos inteligente que os Incas, sem despojos materialmente opulentos dos mesmos mafarricos… sem palmas dos pobres amando a riqueza dos ricos, sem urros políticos do zurrar dos burros, enfim… abjectos barulhos de arrastados nadas que são passos absurdos do vão das escadas, e nada serão no futuro, se o amor não consertar o mundo.


Falar de amor…
Há paixão colorida mais importante na vida, a sensação, do que o amor dum sorriso, bater num e noutro ser dentro dum coração?
… oferecendo uma rosa com dourado sentimento, beijando o mundo com emoção.

 
Falar de amor…
Para muitos, noutras eras seriam outros macambúzios, sem esperas…
Noutras circunstâncias fugiriam dos propósitos, fustigando os ventos em suas semelhanças forçando os vivos impróprios…
Mas como fugir?
 E a prisão e o destino, que adianta persistir?
Existiria apenas o fim, porque antes era vida, seria vazio dentro de um sim, sem razão à vista… um todo uno nada fusco, se pertencesse a uma linha que é Tudo…
Mas a cura de tudo isto… embora contida dor, não seria Cristo… se não houvesse no principio do mundo, a criação do amor.


Falar de amor, é viver, caminhando como um duende na imortalidade dos passos sem poder morrer.
Esquecer é morrer, levar a vida em branco sem sonhos.
O faz de conta… toma conta de tudo.
É preciso viver.
Despertar, é sentir na pele todas as palpitações da vida, sem adormecer a morte aparente do dormir.
É preciso viver, porque a vida é tudo o que temos, a nossa maior riqueza.
Viver é amar, ser eterno, quando se sente na alma todo amor da vida.
Adiar a morte é a esperança da vida no desejo do amor.
Por isso, falar e amor para viver, é preciso.



/ Amanhã, é um novo raio de sol com vida, que guiará às estrelas apaixonados do coração.
Despeço-me da lua, feminina companhia, da bela inspiração que ilumina lugares de solidão.

Beijinhos a todos os corações quentes, que beijam mundos ardentes…
Sonham em noites de grande calor, os sonhos da mente com amor.

Boa noite amigo que trazes dentro de ti a paz.
Abençoado sejas por amares em vez de ser inimigo do ódio!
Que transportas no peito a bondade como rosas de teu jardim.
Abençoado sejas, por seres amante das almas que atravessam teus caminhos!

Abençoado seja teu nome!
Para Falar de Amor com tuas Letras, o Amor em vez do Sistema.


Boa noite, bom dia!
Letras do meu coração...

Até amanhã novo dia. 
Despedida de amor bastião.

















segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A IGNORÂNCIA DO SABER







A IGNORÂNCIA DO SABER




Se a carapuça lhe serve
e você se reconhece…
Deixou de ser burro
passou a ser do mundo.
Sabe ser colega
limpou toda a merda.







Não quero ser confundido com imaginação dos sonhos, breves passagens por entre escombros… ou de coisas mal interpretadas, mesmo que espante a vaidade das almas, ou segredos desvelados que são tão evidentes e que partilho com as gentes de quem não espero nada.
Porque isto da escrita, não é nada fácil de entender.
Que o diga alguém que já tenha experimentado ler o que escrevo… comentando:
- Como tu fazes não consigo…


Pode ser irónico, mas eu digo o mesmo...
Aqueles que deixam obras grandiosas e são mencionados como autores medíocres, só porque não têm um Prémio Nobel, para mim são imortais...
Se a seiva que brota do cérebro com arte incendiando o coração de todo o mundo, sentindo na nossa carne um pedaço do pensamento como se fora palpitantes paixões de alma, atravessando lugares da Terra às mais distantes estrelas querendo viver e morrendo nelas - Esses sentem e fazem sentir, e como esses também eu não consigo... 
Não imitando, nem sequer tento, não seria humano, nada que tenha portento, não seria eu uma realidade do engenho. Eu sei quem sou, o que os outros dizem sair do vento, mas Deus criou para viver como um palaciano.


Não sou quem quero,
sou eu pedaços do destino,
cacos de melancolia sem piso,
à espera do dia tão perto…
a prisão da vida sem préstimo,
só sonho por meta simulando que vivo.
Sei onde fica o lugar que vai dar ao sítio do meu cantinho.


Fervendo por dentro a quente como um vulcão ignorante, broto, mas reconheço falta de talento. Por isso, sigo, invento, transformo, gosto do momento, não desisto.
Ao ser eu, crio uma pessoa ausente que agora nasce na personalidade do meu feitio, diferente de todos mas igual à minha mente, da maneira que fui, que vou indo como sou, dando como testemunho a minha certidão do dia-a-dia, nas palavras que dou, o retrato da minha identidade com toda a alma do meu coração, e o sentimento traçado pela mão escorrendo dos dedos, daquilo que sinto em segredo por entre enredos.



Aquele floreado que dá às palavras um sangue azul bonito que mais parece teatro, torna vistoso o ridículo, sem chama que perdure ou fique na memória dos homens; esses são os falsos doutores que vivem apenas para o momento da vaidade e da falsa ciência.
Que me interessa a sua fama, se o que leio não me impressiona?
Falta a tal chama que desperta o mundo das almas puras onde elas mais dormem.
Não acordam, porque como eu, não perdem tempo com banalidades e imitações dos sentimentos. Não vêm para a praça pública à procura da fama, a qual tapa a visão e dá cegueira à ilusão da arte.


E eu, existo – sou um ser humano.
Não posso dizer que sou imaginação doutros olhos num inconsequente ângulo, que nada têm a ver com duplo sentido… se busco, se resisto. Mesmo sendo desconhecido para a maioria, há sempre um lado apetecido e outro, que se julga compreendido quando o tal lado não existe como o mundo pretendia.
Continuo a ser o mesmo tipo de bata e sapatos, indiferente à crítica normal sobre a minha pessoa, não dando importância ao que os outros pensam, mas ao que sinto, como sou, e não o que os outros querem que eu seja sob a forma deles ser.
Nunca fui imitação do estado de alguém, ainda que possa ficar admirado se alguma coisa me surpreende, porque não espero de quem conheço, moldar-se à forma mais conveniente, atropelando sem apelo o que está mais à mão, sempre.
Embora não consinta, é para isso que existo… que não desminta e não vivo.





Mas ninguém tem culpa de entender o que é não desconhecer, até ao momento que tomamos a aprendizagem do saber.
O que se desconhece não é ignorância, é querer aprender imitando o esperto, aumentando nosso conhecimento com elegância. Nem vamos formular eternamente que é despautério... se ficamos mais inteligentes do cérebro, deixamos de ser nós – se somos o sério de máscara inventada, embora haja um doutor que possa exclamar subitamente:




É pá! Foi aquele gajo o autor?
Tal ignorância… Não pode ser!
É um simples trabalhador…
Operário, quase não sabe ler!



 Vivem a meu lado comigo, na manhã real fugitiva e à noite uma aparição do dia…
E sou eu na realidade submisso, sempre a querer aprender com tudo isto, o que outros dizem conhecer quando estão a mentir…  os gestos, o pouco à vontade no sorrir, comprometidos como doutores espertos,  mas fingidos.


O ego é uma coisa neste caso que se chama para mim, filho da p...…
E a vocação é daquele que é, e nem se lembra que é ele mesmo, porque é natural, sem necessidade de provar sua autenticidade. 
É reconhecido no meio em que vive, e a sociedade não o esquece porque há espontaneidade de parte a parte - Esse é mesmo doutor, e a sua ciência é a sua própria humanidade - dar sem pensar em receber.


Agora…
Vá-se lá saber que raios, coriscos, trambiques, merda de mais com cicuta, cacholas de espicho e que outras merdices, vai na cabeça dos estupores filhos dos doutores!
Aqueles que pensam que são, e não passam de dementes ambulantes... sem arte nem ciência, porque só pensam no nome como a vaidade do laço, fato e sapato.
Mas como há tanta coisa que não sabemos a vida toda, há quem não tenha vergonha e nos chame ignorantes, porque eles se consideram astutos; também não sabem e não passam de burros importantes.
Talvez tenham alguma razão, eles não são incultos, são antes aselhas pior que burros - asnos impressionantes. 




Se acham gente de mais princípios…
De tão pouca humildade parecem inocentes na sua burrice, com orelhas de príncipe ouvindo o zurrar de burro, e homem com focinho de leitão e barriguinha de porco, como se a acção mais importante do momento - a sua vaidade, além de um acto animal fosse um caso natural, nada tivesse a ver com a carne de vaca estragada, o garfo e a faca, os maneirismos no comer, as caretas ou expressões obsoletas, ruminando em silêncio com tromba de elefantes… e mãozinhas de formiga.
Parecem meninos e meninas do coro de fato e lacinho, tecido elástico, vestido prático, se imaginam doutores o tempo todo, empregando palavras que têm pouco significado, mas o que eles sabem, é só aquilo que andaram a estudar a vida toda… meia dúzia de palavras gravadas para citar como maricas em ocasiões de falsa nobreza e hipócrita burguesia.
E bem lá dentro deles, bem fundo, quando a vergonha vem ao de cima, os segredos que eles escondem, são evidentes nas pessoas ao dizerem as mesmas coisas em letras diferentes, e a palavra burro começa a ser sinónimo seu parente ao vir de cima, por quererem ser à força toda, inteligentes.



Santa ignorância daqueles que dizem saber na totalidade a universalidade que é sua fraca ciência de doutor.
É que a inteligência deles é do tamanho de uma formiga, paralisando como um burro carregado sem intelecto, porque não têm conhecimento de nada, a não ser o protótipo da vaidade.
A formiga só leciona de verão, e consegue passar férias todo o inverno porque tem memória de elefante, e  instrução autossuficiente para sobreviver sem precisar de ajuda até morrer.
O doutor tem de trabalhar todas as estações do ano com um cérebro milhões de vezes maior que o da formiga, e é tão dependente da sua profissão até ao fim da sua vida; mas se adoecer e ninguém o ajudar morre de impotência, porque a sua ciência não está ao serviço da sociedade… mas dele.





A cegueira do orgulho deles, é ter a mania que sabem tudo, e não querem que se saiba que são filhos duma mula, porque a mãe deu-lhes a cultura da Alta Sociedade proibindo os sorrisos e usando cara de estátua.
Ser sério é ser apanágio de doutor.
Tanto querem ser, mais parecer do que ser interessantes aselhas, cómicos do cinema burlesco em posições chatas com falinhas de galináceos e plumas de palavras em sintaxes discrepantes, que assaltam de vaidades todos os doutores de canudos comprados aos bacharéis corruptos como eles de ideias baratas.
Pensam que são inteligentes por enganar o mundo inteiro, e são os únicos cegos no mundo. 
Que Burros Importantes!





















sexta-feira, 6 de julho de 2012

INTEMPORAL





INTEMPORAL






Cada várzea que se aparta de mim, sabe do fim que anda ao desalento num fôlego de ânimo impaciente, na espera congénita de Deus envolvendo a minha substância em áurea cadente fantasmagórica. Estou mais perto, daquilo que representa estar às portas do céu… na tentativa transversal que a intuição do nada passado em nada altera, e mesmo imaginando o que  me espera, não sinto falta do que haja, ou como muitos dizem ter receio da partida, perdida que é a visão na Terra e da vida por cá nunca mais  voltar… se aflija.


Daqui a uns milénios serei eterno, espalhando o alento nos becos e o odor das nuvens por cima da necrópole… falando de algo constituinte do oxigénio, ou de partículas da minha presença perdida no tempo.
Nem Ele será sempre desconhecido mistério que ninguém esquece…
Nem além O viu ninguém nunca vivo, porque quer.
Mas recordado como lenda, vão contar que fui inventado por nunca ser falado; não deixar rasto como existência e andar como judas nas palavras dum livro, quando a revelação da escrita é do meu espírito.


Eu tento seguir a senda divina, não sou impostor.
É o que nos ensina a vida, e o amor.
Quando partir... terá que dar visibilidade da minha chegada, porque há muito não creio que Ele exista sobre a forma falsa dos homens.
E só escrevo o Seu nome com maiúsculas, em respeito às pessoas sérias e com postura, porque eu não acredito só porque dizem, ou afianço quando não digo… ajuízem ou se digam sinceras.


Deus queira que Deus exista como Deus todos os segundos… e seja Deus não só da Terra, mas de todos os mundos.
Se houver outras raças no Universo e o Deus for diferente do nosso… como explicarão os fariseus aqui tão perto, este mistério tão antagónico?
Que sejam simples e límpidos como a água, se não… há algo turvo e imperfeito.
Beber o logro da fonte envenenada e jorrar os bofes pela mão… Deus não queira!
Ainda que a minha vã cobiça de pensar ande hipnotizada, o meu coração que é de barro, pode-se quebrar; por vezes até de lata… tão fácil de levar.


Perdoem-me os da fé contida.
Mas pensar não é pecado.
É um acto livre espontaneamente exato, é o expoente máximo da liberdade.
É ser criativo nesse acto sublime que é vida penetrante ser da humanidade, Criação, entes… gene pessoal humano, micro da nossa mente, íntimo sagrado não profano.


É tão bom ser, não são outros… seremos heróis ou loucos… mas somos.
Como deuses colhamos os louros.


Sentado também penso.
Como um Tirano da realeza, uso a caneta como ceptro e também sonho com a riqueza…
Meditando cogito cuidando que Deus é a minha alma de cara lavada, e Deus sou eu pensando.