ARCANJOS
Arcanjo, mensageiro celestial, luz
divinal chama, um não sei quê de super-homem... um tal anjo não tem nada de
lobisomem, não é mortal, nem mata quem ama.
O rufiar de suas asas batida, assoberba
todo o templo da divindade, e se parece com som de vozeada população, sob forma
humana parecida, um belo arremedo de humildade, inata sabedoria, livre de toda
contaminação exímia.
Em vez de capa, uns poderes imortais,
leme que o vento leva na asa, naturalizáveis e invisíveis em posições tais…
desejo de cobrir com um manto o Universo da gente, protegendo o globo insano,
trazer com voar guerreiro imponente, consumindo o mar em revoluções na areia do
deserto quente, espalhar o sal transformado na fórmula fugaz à mesa das nações,
apagar a guerra com a paz.
Tudo que vai para além da existência,
por ser uma pedra ressequida, jamais receio algum pode causar emoções, será
incessantemente louco não ter receio de assombrações… sempre um embate do
“enter” voando com asas de vestimentas brancas arremessando fogo, com uma
implacável espada, solta na impulsão da estocada.
Milagreira alva transparência, exangue
cor sangue de coração, daqueles que dirigem o refúgio duma outra presença com a
mão numa coroa e um ceptro, no juízo derradeiro duma imaculada “sui géneris” actuação,
nos ensinam a ser criaturas como os anjos, tal e qual uma igual espécie de
santos, intempérie camuflada de bonança, pretexto singular que não cansa…