sábado, 6 de outubro de 2012

DESABAFO 3º - BOATO INCOFOLEIRO







ÀS BOATEIRAS DA INCOMPOL
Leia, se ao ler se revê.
Importar porquê?
Afinal, um santo no ato,
também espalha o boato.




DESABAFO 3º






BOATO INCOFOLEIRO




*


DO BOATO, DA BOATEIRA E DO SALTIMBANCO






Do cenáculo alguém sai com um copo. O café quente por entre dedos. À espera doutro modo… estão sentados como morcegos.
Por entre braços num cantinho, sóbrio, vazio como um lugarzinho, poisados por entre silêncios…passado pouco tempo… passos levantam-se simples. Esses levam trambiques… um que é nada, tipo aguento, continua lá por momentos.
Há outros assentos em volta e olhos que tentam antever… parvoíces do costume, que fazer?
Quando chega transata… se por acaso que não é o caso, se senta como boateira sensata e escolhe o tal lado…?



É pá! Parecem caraças!
Os outros saltimbancos apenas...
estão atentas cabeças!
Se erguem como girafas!




São carapaus tesos. Curiosos de tempos a tempos. O boato faz que não vê a neblina, a boateira sorri divertida… e ao mesmo tempo fala.
Alguém faz de conta que não é nada.
Boato responde com um ar normal, mais vulgar possível que o habitual. Tem uma vontade enorme de rir porque o prazer que aquilo dá, é um elixir, e um desejo gigantesco de abocanhar…
Está tudo escarrapachado no olhar…
Suas danadinhas cabaças!
Bando de faces desconfiadas!
Já repararam no vosso cómico ar?



Troca de olhares e de joelho… vendo como o mundo desconfia… aquela tamborete sabia… que paira no ar um bacorejo.
As línguas inventam o trato e desde tempos de intriga… o falso que é mentira passa sempre a verdadeiro dalgo.

É mais fácil acreditar no mal.
O pior, que é corriqueiro como um tramado temporal, nas bocas sinuosas sem sal é uma tempestade de bom efeito. É como as lendas dos povos histórias de mitos e maravilhas! Com tantas fantasias e mentiras, trocadilhos para todos os gostos.
Quer dizer que ninguém descobre?
Só o saltimbanco sabe que em água mole… 

O boato está sem pejo nem datas com a boateira de mãos dadas. Alguém comenta se será realidade?
/Quer saber crua e nua… vá-se lá sentar no ferro como uma rocha dura… /

Não conseguem adivinhar porque o saltimbanco fala verdade. E nunca mente por saborear… sabe que é apenas uma grande amizade.


Mas, se não há nada!
Queriam ver luta…?
Num colchão de palha!?...
Ou a comichão duma pulga?
Vão para casa!
Matem lá o piolho!
Isso é falta…
de trincar o tremoço.




CACOS NO NADA




Confesso que fico sempre surpreendido ao ouvir o Boato Incofoleiro.
A gente sorri quando é caso para isso (se o azar não nos bate à porta), mas entristecidos quando um amigo/a sofre com tanta mentira, da falta de carácter dessas pessoas… por terem uma língua brejeira escrupulosamente vadia, e sem se importarem com as consequências dessa atoarda que pode causar males irreparáveis…
Então, quando ele é dirigido a nós próprios em particular, mesmo não sendo a novidade de uma completa falsidade, magoa bastante.
O boato é o único invento sem patente que vive da intrujice, do diz-que-diz, enquanto embrião da patranha disfarçada de embuste para atingir no final um fim como alvo a abater. E ficam restos de nós que deixam rastos e se transformam em: Cacos no Nada.



Cacite partido
é fragmento de vidro
dum vaso de cristal
com nacos do mal.
Que recipiente moído
anteriormente ferido
que nacos de lata?

São cacos no nada...
Pedaços de lixo?
Que tempo perdido!
Duns nacos enlutados
Cacos do passado.



fui surpreendido…
/mas gosto de formigas/





Falando de mim, um pobre mortal que ama a vida enquanto cá andar… e gosta de formigas... como quem gosta da natureza em que fomos escolhidos... e somos criados...??


Uns nadam 
e querem morrer, 
outros afogam-se 
e têm prazer.



Não sabia que estava na berra, ou melhor, que a moda ia bater lá para os meus lados.
Soube por acaso… e embora gostasse de especificar, não posso… e como caso, é mais um boato.
Comentário à parte, pergunto… como é possível acreditar com plena convicção em pequenos pormenores que transformam grandes conclaves em amoricos inexistentes, e que só tem enredo para olhos que vêem tudo cinzento…?



«Quem não deve não teme.»
Não quero a fama que não tenho
tão pouco ser insensível
ou ser um ser desprezível...
Mas todo o meu empenho
só vale o que me impede.





CASCAS


Se na realidade me conhecessem, sabiam que sou transparente em nada irresponsável, e que sou sincero, sem subterfúgios ou esquemas que ponham em dúvida a seriedade de quem convive comigo. Nunca transformei lágrimas em sorrisos de escárnio e empacotei sentimentos em papel higiénico, nem uso o autoclismo da mente como esgoto do esquecimento quando alguém é ferido na sua dignidade.
Há algo que sobeja de mim num molde ADN, exposto aos olhos de quem me sente, libertando fragmentos de pele como… Cascas.

 
Nascem crostas! 
Polvilho em recheio
polvilhado com borrifo
de enfarinho cheio
com esfarelo de poeira…
Alcançando pó de arbustos
espalhando Caídeira…
entre arbúsculos
com matagais de moscas.
Caem lascas!
Feridas da arvorezinha
subarbusto de ramadas
em resíduos de pruina…
Soltam bostelas! 
Com toalhas de empoo
em lençóis de poalha 
Vegetais em formas de bagatelas
que o Outeiro guarda poio
em monte de Poedeiros
tapado das folhas
com ervas da mata.
Espalham-se os bagos
repartidos em côdeas
Lançando areeiros
sem crustas
com pedaços às pústulas… 
Estigmas da floresta
 sujeitas à selva
com cacos de grão
em areais de bastidão
no chão de silvas
escorrendo resinas…




 
BEIJO


A minha postura não é um disfarce… tudo o que faço assumo aos olhos dos homens e do Criador.
Dirá alguém com paternalismo debochado e autocrítica:
- Mais um que foi recozido… e se calhar nem molhou o bico.
Uma realidade insofismável, de quem… neste caso sabe que falo verdade com todos os predicados sujeitos no lugar, mas com uma pontinha de maldade que deixa bailar no ar a tal dúvida – o boato.
Muito desconfortável viver na fama descartando o fruto alheio, porque a amizade não se troca por nada que haja neste Lugar com aproveitamento, mesmo sendo entre um homem e uma mulher, e principalmente quando o respeito é mútuo.
Para mentes pouco esclarecidas onde tudo descamba em colchões Molaflex, quero dizer, embora não entendam por serem anãs pouco inteligentes… que a amizade também é uma forma de amor, onde dois seres se podem amar com lealdade sem necessitarem de lençóis suados ou traírem seus apaniguados, e serem sem mais conjeturas simplesmente amigos.
Que melhor sentimento pode unir os seres para solidificar essa união que não seja passar do estado gasoso ao estado sólido como um BEIJO?



Beijo
.

Eu Beijo de Polo a Polo com muito amor
de gelo, terra e sol todo por dentro.
O beijo cálido é do frio polar imenso
quando me dão um carinho e uma flor.


Eu beijo perdido com muito sofrimento
angustiosas lágrimas de luto e sal,
num pranto de dor e padecimento
eternamente numa humanidade tal…


Eu beijo muitos corações derretidos
com a ternura da gente sentir e amar,
almas celestiais de beijos apertadinhos.


Todos os anjos de trombetas declaram miminhos
também querem carinhosamente no céu abraçar
e é todo o mundo da Terra aos beijinhos, beijinhos.





SEDE



No amor existe o próprio amor e o ódio, dois sentimentos que levam os agentes à beira de um ataque de nervos ou passar as passas do Algarve.
Na amizade existe apenas o amor puro, é quanto a mim, mais perfeito e mais vivificante num espírito com gaz borbulhante e uma tonalidade celestial.
Confesso que não foi de propósito, mas parece  um anúncio a um tipo especial de mensagem, que enrolada num pauzinho de fio se encontra dentro da GARRAFA, mareando como uma boia de salvação...


Sede…
Não sei o que vai ser
depois de um segundo
uma hora qualquer,
Se voltar a sorver
traz ao meio-dia do mundo
Veneno de mulher.
Sede…
Há fluido ausente
com uma querença de beber,
Vê-se envidraço transparente
sangue-frio do fogo…
Num reflui a estremecer
com escarro de esgoto.
Sede…
Este sul de agora
as altezas no andar à roda,
O em cima dos colos ratonas
o manejo do pelo como esponjas,
No chão de ruínas deitada
o sonho na terra da garrafa.






CANTATA DE AMOR AO BOATO



Não faço nada para criar expectativas… mas sinto olhos simples que irradiam simpatia, sinto outros que espreitam por baixo da curiosidade, há um menosprezo com partida, há uns mais complicados na sombra como zombies… mas também como sempre há olhos bonitos e ternos, olhos sorridentes sem desamor… não sei porque há tanta atracão, tanto movimento, se no fim ficam rastos de olhares espaciais como esferas curiosos dos misteriosos raios que embatem no olhar.
Se fosse traduzir desejos que criam estes sintomas, poderia fazer um reconhecimento e como uma cantata sairia uma sonata de amor ao boato, qualquer coisa assim:

Não interessa quem pensa conhecer, desgastar sobre quem pensa, esquecer essa imagem propensa… encontrar o chato modo de aborrecer.
Algo tenta provar a semelhança de ti, igual na mesma, que gosta de viver como vivi – partilhar, dar e receber. A necessidade de uma oportunidade, o ficar impressionada com melhoras, saber enfrentar esse olhar sagacidade para ver os olhos como amoras. 


Eles são passados…
quando era uma donzela
e um tal mancebo em queda
eram muito apaixonados!
Foram noutras vidas, desigual.
O amor nosso social
mais cedido que dado
só porque é boato. 




Qualquer desejo de mulher, o querer ser amada, o querer ser feliz, pertencer a uma vida, sentir uma mão amiga… o gostar de carinho… o ser doce, meiguinha… amar para  ser adorada… ser escrava do amor… alguém que ama nesta e noutra vida e outras vidas todas, é a vontade do destino em que não acredita. Se gostarem já são amigos e amigos vão ficar sempre!
Os amigos… os amantes também podem ser…



A TEIA NO MEU BOATO 


Do outro lado… não sei em quantas doses já fui reinventado pelo boato?
Por vezes irrita, outras terrifica… mas acabo achando divertido, porque todo o boato é apenas um invento e uma forma de bruxedo... 

Se nas situações mais difíceis em vez de ficarmos alterados, dominássemos a raiva em prole do humor, grande parte dos problemas seriam resolvidos com a calma inerente à situação despoletada… e uma bomba nunca arrancaria plantações de alhos e tomates, nem órgãos sairiam do sítio dos coitados… mas a caganeira que é mais rápida que o pensamento, nunca será abolida da incontinência boateira, porque não há solução para a diarreia como uma trovoada inesperada cheia de merda.

O boato.
Sim, o Boato Incofoleiro das comadres boateiras.
Inventam a personagem do louva-a-deus esfomeado de histórias e lendas com o papel de herói louvando o dia todo na sua posição divina à espera do ataque de rapina… e ao ferir também pode engolir um mártir como uma formiga, ainda que perca a cabeça com a sua consorte no seu ato carnal.
Dizem que a sua opositora guarda em segredo a cabeça do seu marido dentro de uma caixa de palitos… para quando se deitar não ser picada nas costas pelos cornos quando dorme.

E numa fábrica, onde há o feminino em maioria e cavalinhos de pau forjados, sempre à procura destes episódios… é um entretêm com tanto embriaguez que lhes dá um passatempo profundo, e serve de descontração nos intervalos dos seus postos como terapêutica para suportarem as fastidiosas horas de trabalho.
Enfim, como diria um amigo meu nos relatos das suas histórias (chegando sempre à mesma conclusão final), na sua expressão favorita abruptamente reduzida para justificar o Mundo… e desabafar como um santo na sua conformidade:
- É pá! Faz parte.
Como disse Maquiavel, «os fins justificam os meios», se bem que no Boato Incofoleiro – os fins e os meios não justificam nada mesmo. É mais uma anomalia das cacholas aborrecidas com os dias sem novidades e novelos por fiar… tecendo sem proveitos numa chatice pegada.

  «A ignorância é a mãe de todas as doenças.»
Caricato, mas não despropositado este provérbio popular, pois a agnosia provoca o boato no mundo por se desconhecer a verdade do mistério, sendo real ou inventado.
E neste mundo que se quer pacífico e ordeiro, povoado de espíritos iluminados, como um mal necessário a quem é contrário… infelizmente…



De candeias acesas
e túneis cheio de brumas,
há mais bestas!
Que mulas.


DOS "MACHINHOS" BOATEIROS





Porque será que o que dá mais prazer, é onde a criação do mal incendeia a tesão nuclear entre dois seres…?
… daqueles que vibrando de gozo com… mas turbante… se imaginam no lugar do buraco recebendo o adorado pau como um taco de cacete… num jogo tridimensional do másculo protótipo que têm na cabeça, do milagre como um boato, e tem sido uma ilusão sem meta na vida.
Dos boateiros e seguidores, daqueles ou daquelas que pensam com a cabeça dos outros, acabam vivendo com a tristeza do insucesso familiar, tentando imitar o próximo na sua fraqueza aos olhos do mundo.
Como diz o meu amigo – É pá! Faz parte.

O Incrédulo, é todo aquele que não acredita em nada.
A sua fé é inabalável, e é o que mais se aproxima da perfeição do Deus Indivisível, que é um ser puramente espiritual mas sem natureza corpórea; e que não existe materialmente porque não tem forma ou partes finitas como o Universo. Além de ser invisível e imortal, sua imutabilidade é essencialmente espiritual, e por isso, único e criador.

Aqui… o incrédulo remendado porque é inabalável não vai em balelas, e como S. Tomé para ver, não acredita porque não vê, nem vê o que não acredita. Por isso, também pode ser infinito na sua maneira de existir e imortal no pensamento como um Deus Invisível, porque não arreda pé na sua unicidade e se sente em tudo nada criador, invicto e sui géneris… todo humilde no Cosmos, porque só acredita naquilo que crê – Eu. Deus de mim.


Porque dão mais veracidade ao que os outros dizem?
Porque são crédulos e escolhem sempre o caminho mais fácil da vontade, e sendo o que mais gostam de ouvir e dar ouvidos, se fossem autênticos e independentes, não seriam preguiçosos se pensassem pelas suas próprias cabeças.
Também há os que parece que auscultam, consideram, não gostam de ouvirem falar em criticas carismáticas…, mas no fundo são como eu… ou matar traças com bolas de naftalina provocando contingentes de larvas, conspurcada em pupas cheia de agentes corrosivos, como o boato.

Conversa de homens… é só para indivíduos de barbela rija e pelo pico d’aço.
Se vier à baila o sexo oposto a linguagem é desagradável e o meio termo são expressões adjetivadas, impróprias para gente educada, embora se saiba que a prepotência dos homens usa estas demonstrações para se proclamar macho latino e evidenciar sua virilidade em falácias de fácil gabarito.
Também há o primata bípede que é aceite entre as mulheres como seu semelhante por usar metamorfoses femininas e apadrinhar a língua de vaca por ser mais apetitosa… não falando das atuações gestuais como “Pasteleiro” para passar despercebido nas hostes femininas.
Um fica carbonizado como um mulherengo, insípido, mau e ordinário.
O outro será sempre uma Madalena de calças.

 
TODOS TEMOS UM POUCO DE LOUCOS




Mas o homem passa ao lado do boato, porque o que almeja é o desejo de um bom cozido com realidade, ainda que a carne tenha no seu regalo aspirador, cheiro a peixe. É mais o prazer de agradar à mesa de quem o acompanha, sempre em constante mudança de poder variar o fundo do prato como uma iguaria de lascívia e de chorar por mais.
Aqui o boato transforma-se em rugido de roedores com ruídos e exclamações de apoplexia, daquelas que um gajo sem poder mais com um rabo… cai para o lado fulminado de vazio e consolo.
E então? 



Mais valia ser…
Saber donde venho
começar pelo louco,
sei que não tenho…
Para me deter
  e não ir para onde vou,
donde não sou…
Distinguir se ia…
Ou não trago pensar…
Não sei quem eu sou…
Estou possesso!
Estou aqui...
E nem sei que estou.
Sem gnose, sou eu, não importa!
Se não interrogo, existo.
Não sei se vida de Apolo?
Quero… é saber quem é?
Deus meu!
Quem és tu?
Já esqueci tudo.
Não sei nada… 
Porque pergunto?



AS BOATEIRAS



Tolerância no sentido prático, é não inventar um juiz em cada um de nós, e arranjar para o mesmo mal mil e uma sentenças noveleiras
O Tribunal feminil é mais cruel, porque só lá aparece para julgar quem está cheio de insídia e usa a justiça como um calvário a quem ninguém escapa às mexeriquices de cordel…
Então, nessas alturas o Tártaro das Alturas Coscuvilheiras desce ao Solo para fazer inflamar todas os espíritos que juram por clemência, como os amaldiçoados ao fogaréu pelo Conselho singular do Operariado boateiro.
Não tenho nada contra as boateiras, são... sendo elas as criadoras incólumes do boato, vorazes mioleiras de corações aos saltos como tintins de borracha, ora chupando o delírio, ora cuspindo de curiosidade como um rústico compadrio.


Queima tanto ato!
Mas só o coração arde.
Pudera ucha à parte!
O Inferno é o boato.
Não há fogo
mas há língua.
Tanto fôlego!
Tanto sofisma.
Falando às atoardas
o malfadado ano inteiro,
não sejam fracas
como o Boato Incofoleiro.
Às noveleiras cegas
falaciosas incertas
não sejam padeiras!
Com bocas boateiras.
Não sejam assim.
Riam, cantem…
Não inventem, sim?
Mintam, dancem.
Toquem Concertina!
Mas evitem gaita de beiços.
Façam das palavras beijos
façam amor com a vida.
Sabem o que é bom de dia?
Um sorriso.
Ponham uma cara amiga
e um coração bonito.




Boato Incofoleiro é um título inventado,
mas Boato é de quem toda a gente foge,
uma língua que não dorme…
Uma alma do Diabo.


*















quinta-feira, 6 de setembro de 2012

LETRAS, SISTEMA, OU AMOR?





LETRAS, SISTEMA, OU AMOR?





/LETRAS - A incerteza do autor/



/ Estava agora a pensar do meu jeito sobre que iria escrever…
Não sabendo parei de pensar.
Ao parar não escrevo, mas as palavras emudecidas vão saindo como letrinhas de migas estrelícia, e eu fico admirado na mesma… 

As inscrições continuam aparecendo e… Isto é apenas letras sem pensamento./

/ Pego na minha pena, a tinta vai saindo como rabiscos sem ideias, e da imaginação vaga penso que as palavras são ocas, fugitivas de um fundo vazio sem porta que tenha ferrolhos, com frases construídas que sejam bonitas e possuam miolos.
Mas de assuntos que tenham luz de chama acesa não consigo, não invento, senão não é um conto de um caso que tenha biografia com uma crónica narrada, não é nada… lamento.
O  que são letras sem pensamento… porque as entrego ao vento?/

/ Raios me partam na hora em que me assentei aqui neste momento!

 
Da cadeira, assento os cotovelos e o olhar fixamente… 
Muda está minha cachimónia, hipnotizada no ecrã de luz com rosto de folha A4, sem juízo e com a cachola cheia de miséria… que mais pareço um pensador com crânio de merda!
Que fazer?

Este, é um daqueles dias que não tenho nada que dizer.
Por mais que pense… dou voltas à cabeça, vejo letras sem forma legível, as tais letras sem pensamento, porque não podem ser lidas com alfabeto propriamente coeso. 
Que tristeza meu Deus!
Sou um inconsequente da psiquiatria.
Tudo gira à volta da minha loucura

 Hoje?
É mesmo aquele dia…
Não devia estar sentado com cara de acanhado na companhia de algo ausente, interrompido ou cortado pelo voo raso dum avião militar estoirando os ares…

Qualquer coisa dentro a zunir como cucos …
Acho que vou dar milho ao cérebro em branco, assombrando o espantalho do intelecto. 

/Começou a chover lá fora… vou molhar as ideias, pode ser que…/

Pelo menos dá para levantar o traseiro da cadeira… coçar onde há comichão à procura de ideias… embora continue vazio de palavras, a não ser o inesperado resmungar dum foguete surdo, como o protestar de expressões ininteligíveis, sem tradução que as ligue.

Fica no ar… o cheiro, como as malvas do feijão.

E continua teimosamente como vem sendo, tudo letras sem pensamento. 





/ Oiço um carro na estrada, às vezes um acidente no cruzamento, mas a notícia é corrente - chapa derretida, a ambulância e a polícia, uns feridos e umas mortes habituais…
Não me levanto por causa de tal assunto, não gosto da impressão do sangue, e muito menos do torpor do meu encanto… porque a interrupção aqui, é o intervalo entre a inércia do meu sonho e o sono da morte como incidência da vida.

São motivo nos jornais de gente que desconheço, umas vozes que não compreendo, porque o que eu queria hoje era contar a minha história,  ou a narrativa de um facto que faça uma boa acção de leitura, contribuindo para os anais desta folha com desejos que me ultrapassam.
Consegui apenas formular elementos que são ruídos do meu movimento na cadeira, e junto pontinhos do meu intelecto em espalhafatosas letras sem pensamento. /

O pensamento é abstracto… o eco do silencio são os contínuos pingos da chuva que vão martelando os neurónios, ocupando o esbranquiçado vazio com a contagem crescente dos algarismos 5, 6… 17, 18… 50, 51… 64… … 99… 203… … 402… 501… … … 800… … … … … … 900… … … …

Aqui, vai o dormitar aritmético numa soma rocinante com o pesadelo das palavras, e uma voz cá dentro num grito repentino e alucinante:
- Não sai mesmo nada!|… nada!… nadaaaa…!!!
... e afogo o cérebro com água da chuva, por não saber nadar pensativamente como um pesadelo. 


 Intelectualmente, há uma voz cheia de raiva que me martiriza repetidamente:
 - Nada Filho da Puta!
E num sobressalto, levanto maquinalmente o cu da cadeira... 
Acordando dou comigo em pé de olhar estupefacto, perguntando a mim mesmo:
- O que foi isto?!



/Agora até o cabrão da inconsciência me insulta... por ser burro./


E isto são tudo, como não podia deixar de ser, enquanto sinto o esquecer de quem sou e o que quero ser… o adormecer destes pensamentos nestas letras sem pensamento.
/ Não sai mesmo nada, porque a saudosa imagem é ardor dum grande amor que neste momento ocupa tudo que quero pensar.



 
Meu cérebro me proíbe de criar… ensonado resta-me o quarto, vou me deitar.
Como sempre, pego num livro… leio ao sonhar e meio a dormir meio acordado… desligo o interruptor, e hipnotizado como letras sem pensamento – adormeço.
Entorpecido, durmo com o sonho e uma nova historia para contar. /




/SISTEMAO Crítico/


Há os subjugados e os que dominam… são o jugo mangado que chefiam os coitados… era vastíssimo demais se todos fossem príncipes iguais, como seria bonito!
Todos de mão dada… anjos e diabinhos sem se importarem nada. 

A uns cabe cumprir aborrecidamente no vazio da sua órbita, enfileirando a sua mente em anos que vão com a idade que não volta, plenamente integrados como pastoreio sob os princípios da catequese familiar para pasmar na sociedade como carneiros – e são a maioria como peixes dentro do mar.
É o puzzle do gato e do rato, porque tudo na vida, conforme o caso e o momento – é um jogo, e nós… os piões da roda em movimento.
Triste sina de quem é pequeno e nasce dominado, está refundido e fora de prazo.

A outros, mandar eternamente, porque é vício do processo dos homens poderosos secularmente, e se Deus nos lega mandamentos, nunca ninguém disse nem foi capaz de dizer aos componentes que também manda, e às vezes aniquila quando comanda.
Resta saber na realidade a quem mais por influência?
Se no campo ou cidade juntamente com a ciência.
Um doutro num, ou noutro em um, ou a quem der mais jeito, porque disseram algures com efeito… vieram à Terra num salto tecer assim lá no alto com um fogacho e outro enorme por baixo, como um poço sem fundos e ambos dividindo mundos. 

Quem dirige gentes promove guerras, cria bombas malditas, são nucleares como setas ao coração do Capitalismo que é o Sistema Bancário escondido como ratos nas esquinas.
Diante deles, os governos se rendem, se prostituem, se corrompem e nos sacrificam como cabeças de gado, abatendo os ossos que vêm do povo para partir e torcer… e atar os cornos inteiros de ouro e joias que são cobiça de quem é poder.
Como lambisgoias em plena transformação, vamos sendo meninos do coiro com lacinhos e batas episcopais, praticando a moral do gay às escondidas como cristãos de boa índole, em Sansões e Dalilas intocáveis com fitas amaricadas… enfiando no traseiro unguentos para curar as merdolas da doença Internacional que é a moda da CEE.

Promovendo a imagem nos média, em machos com “eles” no sítio… como um curral nos cerca sem aviso, aqueles rojões de tamanho engrandecida, parecidos com balões que saltam como bolas de naftalina… os anúncios analógicos provocam influências na clientela sob tiques do relógio, ao consumirem qualquer bosta desinfectada com uma lavagem passada pela lixívia, sugando iguarias como cogumelos de aspecto apetitoso e que antes eram tintins sebosos salpicados com a merda e o mijo.

 
Segundo (Eles…) não devíamos pensar a não ser nem a ser – só obedecer. Nem sequer questionar, pois quando nascemos intactos, metem-nos um supositório pelo cú da mente para não cagar ideias que sejam prejudiciais aos métodos tradicionalmente injectados e possam estragar as convenções mundiais, que em discursos preparados tentam impressionar as multidões nos tais canais do despotismo… disfarçados de jacarés com língua de camaleão engolindo mosquitos, para comerem inteiros as cabeças e os corações da população.
Uma mentalidade curiosa que a pequenez da idade nos trás… criando embriões virgens com pensamentos vulneráveis cheios de interferências, confrontados com o que devemos ou não fazer… um rebanho que vai sendo devorado pelo lobo mau… o sistema do poder.




O Zé povinho somos todos nós, os que gostam de protestar e mandá-los à outra parte... e que na perfeição do manguito, não gosta de ser f...... /tenho dito/. 



Ai Comunidade! Protesta! Faz banzé!
Ao défice que não desce, porque é?!
Pai Europa, CEE meu Curandeiro!
Tenho uma cãibra no testículo direito!
E um trocadilho do dedo cá do meu Zé!
Que ta careca, murcho carvalho sem jeito!
Põe-me direito, duro e teso, sempre em pé!





A vida continua… o vai-e-vem não pára, não pára para nos levar quando passa, mas gaivotas circulam, voando em círculos como fantasmas à espera de seus espíritos.
Mixórdias acontecem como refugo… mas a nação estaca, e as merdas continuam acontecendo como escórias dum besugo quando arrasa.
 O girar do mundo… entre um coice e uma patada a multidão pára, mas ele continua girando, mesmo que a gente não o empurre… avança mudando.
Ele gira germinando em flor, vai andando à sorte sussurrando, continuando no tempo a falar de amor ao vento como capicua, busca caminhando como um duende de parte incerta, volteando entre si da semente na Terra.




/AMORO Poeta/




Melhor, será falar de amor… a melhor religião do mundo contra o pior Sistema, para esquecermos a ganância e a vaidade dos homens cruéis.
 
Melhor, será falar de amor…
É amar nas palavras o ser, que somos todos nós seres pequenos amantes, é amar nos actos o corpo, e ter o dever de ser humano que todos nós seremos grandes.
Nunca é demais falar de amor, ou da razão do amor existir vinte e quatro horas, bater na mesma tecla ao insistir - esquecer tal sistema e vencer, olhar com afecto o crescer, sentir a eternidade do amor num dia… amor que nos faz viver, ser livre, ser adorador da liberdade, ser apaixonado do próprio amor… sentir apenas sentir, adorar para sempre amar, eterno amante do amor. 


Falar de amor…
Sem esse valor, a réstia de humanidade assombrada pela cruz que transportamos há dois mil anos, seria desprovida de vontade própria e de olhares esgazeados, como se fossem empurrados pelo vento em direcção ao vazio, mascarados do uso sem direcção… sem ossos e superstições no cemitérios dos índios, sem mistérios da ciência dizendo ser menos inteligente que os Incas, sem despojos materialmente opulentos dos mesmos mafarricos… sem palmas dos pobres amando a riqueza dos ricos, sem urros políticos do zurrar dos burros, enfim… abjectos barulhos de arrastados nadas que são passos absurdos do vão das escadas, e nada serão no futuro, se o amor não consertar o mundo.


Falar de amor…
Há paixão colorida mais importante na vida, a sensação, do que o amor dum sorriso, bater num e noutro ser dentro dum coração?
… oferecendo uma rosa com dourado sentimento, beijando o mundo com emoção.

 
Falar de amor…
Para muitos, noutras eras seriam outros macambúzios, sem esperas…
Noutras circunstâncias fugiriam dos propósitos, fustigando os ventos em suas semelhanças forçando os vivos impróprios…
Mas como fugir?
 E a prisão e o destino, que adianta persistir?
Existiria apenas o fim, porque antes era vida, seria vazio dentro de um sim, sem razão à vista… um todo uno nada fusco, se pertencesse a uma linha que é Tudo…
Mas a cura de tudo isto… embora contida dor, não seria Cristo… se não houvesse no principio do mundo, a criação do amor.


Falar de amor, é viver, caminhando como um duende na imortalidade dos passos sem poder morrer.
Esquecer é morrer, levar a vida em branco sem sonhos.
O faz de conta… toma conta de tudo.
É preciso viver.
Despertar, é sentir na pele todas as palpitações da vida, sem adormecer a morte aparente do dormir.
É preciso viver, porque a vida é tudo o que temos, a nossa maior riqueza.
Viver é amar, ser eterno, quando se sente na alma todo amor da vida.
Adiar a morte é a esperança da vida no desejo do amor.
Por isso, falar e amor para viver, é preciso.



/ Amanhã, é um novo raio de sol com vida, que guiará às estrelas apaixonados do coração.
Despeço-me da lua, feminina companhia, da bela inspiração que ilumina lugares de solidão.

Beijinhos a todos os corações quentes, que beijam mundos ardentes…
Sonham em noites de grande calor, os sonhos da mente com amor.

Boa noite amigo que trazes dentro de ti a paz.
Abençoado sejas por amares em vez de ser inimigo do ódio!
Que transportas no peito a bondade como rosas de teu jardim.
Abençoado sejas, por seres amante das almas que atravessam teus caminhos!

Abençoado seja teu nome!
Para Falar de Amor com tuas Letras, o Amor em vez do Sistema.


Boa noite, bom dia!
Letras do meu coração...

Até amanhã novo dia. 
Despedida de amor bastião.

















segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A IGNORÂNCIA DO SABER







A IGNORÂNCIA DO SABER




Se a carapuça lhe serve
e você se reconhece…
Deixou de ser burro
passou a ser do mundo.
Sabe ser colega
limpou toda a merda.







Não quero ser confundido com imaginação dos sonhos, breves passagens por entre escombros… ou de coisas mal interpretadas, mesmo que espante a vaidade das almas, ou segredos desvelados que são tão evidentes e que partilho com as gentes de quem não espero nada.
Porque isto da escrita, não é nada fácil de entender.
Que o diga alguém que já tenha experimentado ler o que escrevo… comentando:
- Como tu fazes não consigo…


Pode ser irónico, mas eu digo o mesmo...
Aqueles que deixam obras grandiosas e são mencionados como autores medíocres, só porque não têm um Prémio Nobel, para mim são imortais...
Se a seiva que brota do cérebro com arte incendiando o coração de todo o mundo, sentindo na nossa carne um pedaço do pensamento como se fora palpitantes paixões de alma, atravessando lugares da Terra às mais distantes estrelas querendo viver e morrendo nelas - Esses sentem e fazem sentir, e como esses também eu não consigo... 
Não imitando, nem sequer tento, não seria humano, nada que tenha portento, não seria eu uma realidade do engenho. Eu sei quem sou, o que os outros dizem sair do vento, mas Deus criou para viver como um palaciano.


Não sou quem quero,
sou eu pedaços do destino,
cacos de melancolia sem piso,
à espera do dia tão perto…
a prisão da vida sem préstimo,
só sonho por meta simulando que vivo.
Sei onde fica o lugar que vai dar ao sítio do meu cantinho.


Fervendo por dentro a quente como um vulcão ignorante, broto, mas reconheço falta de talento. Por isso, sigo, invento, transformo, gosto do momento, não desisto.
Ao ser eu, crio uma pessoa ausente que agora nasce na personalidade do meu feitio, diferente de todos mas igual à minha mente, da maneira que fui, que vou indo como sou, dando como testemunho a minha certidão do dia-a-dia, nas palavras que dou, o retrato da minha identidade com toda a alma do meu coração, e o sentimento traçado pela mão escorrendo dos dedos, daquilo que sinto em segredo por entre enredos.



Aquele floreado que dá às palavras um sangue azul bonito que mais parece teatro, torna vistoso o ridículo, sem chama que perdure ou fique na memória dos homens; esses são os falsos doutores que vivem apenas para o momento da vaidade e da falsa ciência.
Que me interessa a sua fama, se o que leio não me impressiona?
Falta a tal chama que desperta o mundo das almas puras onde elas mais dormem.
Não acordam, porque como eu, não perdem tempo com banalidades e imitações dos sentimentos. Não vêm para a praça pública à procura da fama, a qual tapa a visão e dá cegueira à ilusão da arte.


E eu, existo – sou um ser humano.
Não posso dizer que sou imaginação doutros olhos num inconsequente ângulo, que nada têm a ver com duplo sentido… se busco, se resisto. Mesmo sendo desconhecido para a maioria, há sempre um lado apetecido e outro, que se julga compreendido quando o tal lado não existe como o mundo pretendia.
Continuo a ser o mesmo tipo de bata e sapatos, indiferente à crítica normal sobre a minha pessoa, não dando importância ao que os outros pensam, mas ao que sinto, como sou, e não o que os outros querem que eu seja sob a forma deles ser.
Nunca fui imitação do estado de alguém, ainda que possa ficar admirado se alguma coisa me surpreende, porque não espero de quem conheço, moldar-se à forma mais conveniente, atropelando sem apelo o que está mais à mão, sempre.
Embora não consinta, é para isso que existo… que não desminta e não vivo.





Mas ninguém tem culpa de entender o que é não desconhecer, até ao momento que tomamos a aprendizagem do saber.
O que se desconhece não é ignorância, é querer aprender imitando o esperto, aumentando nosso conhecimento com elegância. Nem vamos formular eternamente que é despautério... se ficamos mais inteligentes do cérebro, deixamos de ser nós – se somos o sério de máscara inventada, embora haja um doutor que possa exclamar subitamente:




É pá! Foi aquele gajo o autor?
Tal ignorância… Não pode ser!
É um simples trabalhador…
Operário, quase não sabe ler!



 Vivem a meu lado comigo, na manhã real fugitiva e à noite uma aparição do dia…
E sou eu na realidade submisso, sempre a querer aprender com tudo isto, o que outros dizem conhecer quando estão a mentir…  os gestos, o pouco à vontade no sorrir, comprometidos como doutores espertos,  mas fingidos.


O ego é uma coisa neste caso que se chama para mim, filho da p...…
E a vocação é daquele que é, e nem se lembra que é ele mesmo, porque é natural, sem necessidade de provar sua autenticidade. 
É reconhecido no meio em que vive, e a sociedade não o esquece porque há espontaneidade de parte a parte - Esse é mesmo doutor, e a sua ciência é a sua própria humanidade - dar sem pensar em receber.


Agora…
Vá-se lá saber que raios, coriscos, trambiques, merda de mais com cicuta, cacholas de espicho e que outras merdices, vai na cabeça dos estupores filhos dos doutores!
Aqueles que pensam que são, e não passam de dementes ambulantes... sem arte nem ciência, porque só pensam no nome como a vaidade do laço, fato e sapato.
Mas como há tanta coisa que não sabemos a vida toda, há quem não tenha vergonha e nos chame ignorantes, porque eles se consideram astutos; também não sabem e não passam de burros importantes.
Talvez tenham alguma razão, eles não são incultos, são antes aselhas pior que burros - asnos impressionantes. 




Se acham gente de mais princípios…
De tão pouca humildade parecem inocentes na sua burrice, com orelhas de príncipe ouvindo o zurrar de burro, e homem com focinho de leitão e barriguinha de porco, como se a acção mais importante do momento - a sua vaidade, além de um acto animal fosse um caso natural, nada tivesse a ver com a carne de vaca estragada, o garfo e a faca, os maneirismos no comer, as caretas ou expressões obsoletas, ruminando em silêncio com tromba de elefantes… e mãozinhas de formiga.
Parecem meninos e meninas do coro de fato e lacinho, tecido elástico, vestido prático, se imaginam doutores o tempo todo, empregando palavras que têm pouco significado, mas o que eles sabem, é só aquilo que andaram a estudar a vida toda… meia dúzia de palavras gravadas para citar como maricas em ocasiões de falsa nobreza e hipócrita burguesia.
E bem lá dentro deles, bem fundo, quando a vergonha vem ao de cima, os segredos que eles escondem, são evidentes nas pessoas ao dizerem as mesmas coisas em letras diferentes, e a palavra burro começa a ser sinónimo seu parente ao vir de cima, por quererem ser à força toda, inteligentes.



Santa ignorância daqueles que dizem saber na totalidade a universalidade que é sua fraca ciência de doutor.
É que a inteligência deles é do tamanho de uma formiga, paralisando como um burro carregado sem intelecto, porque não têm conhecimento de nada, a não ser o protótipo da vaidade.
A formiga só leciona de verão, e consegue passar férias todo o inverno porque tem memória de elefante, e  instrução autossuficiente para sobreviver sem precisar de ajuda até morrer.
O doutor tem de trabalhar todas as estações do ano com um cérebro milhões de vezes maior que o da formiga, e é tão dependente da sua profissão até ao fim da sua vida; mas se adoecer e ninguém o ajudar morre de impotência, porque a sua ciência não está ao serviço da sociedade… mas dele.





A cegueira do orgulho deles, é ter a mania que sabem tudo, e não querem que se saiba que são filhos duma mula, porque a mãe deu-lhes a cultura da Alta Sociedade proibindo os sorrisos e usando cara de estátua.
Ser sério é ser apanágio de doutor.
Tanto querem ser, mais parecer do que ser interessantes aselhas, cómicos do cinema burlesco em posições chatas com falinhas de galináceos e plumas de palavras em sintaxes discrepantes, que assaltam de vaidades todos os doutores de canudos comprados aos bacharéis corruptos como eles de ideias baratas.
Pensam que são inteligentes por enganar o mundo inteiro, e são os únicos cegos no mundo. 
Que Burros Importantes!