sábado, 1 de julho de 2017

ELA ERA FELIZ ASSIM, COM OS DOIS…


(Tem  6 partes, quase 300 páginas, 
e se quiser ler /conhecer-me/
está aqui no ano 2013, de Junho
a Novembro.)
De “Confidências de um Livro”





ELA ERA FELIZ ASSIM,
COM OS DOIS…




Numa noite de verão junto ao mar, Maria confessava seu incondicional amor a Silva de cabelos loiros, depois de seis meses de sexo ardente e promessas de vida a dois…
- Ó Silva, como eu te amo! Sem ti, não saberia viver! Morreria se me deixasses…
Silva, entretanto, foi à sua terra natal, prometendo voltar o mais depressa possível entre beijos e juras de amante.  

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Uns dias depois, o pai de Maria, convidou sua irmã também casada a passar o fim de semana na casa da praia, a qual tinha um filho morenado de nome João, primo de sua filha.
Como já não se viam há uns anos… escusado será dizer, agora feitos homem e mulher, que se entenderam às mil maravilhas.
Na praia, João chegou a pegar na Maria ao colo, que encarnada que nem um tomate, ao sentir aquela protuberância enorme junto à nádega direita… conseguiu dizer baixinho e com voz rouca de excitação:
- Ó primo… eu tenho namorado e não parece nada bem que…
Mas João, relaxado de ideias fisicamente não foi de modas, e lançou a prima à água… que ao mergulhar entre o vai e o vem da água, se puseram os dois a chapinhar entre gritos de uma e sorrisos do outro…
Mais tarde, repousados na areia em cima das toalhas de banho, conversavam descontraidamente, mas Maria não conseguia tirar os olhos dos calções do primo… e em pensamentos dizia para si mesma… «Deus! É grande!...» 

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E com medo de pecar, pois era muito religiosa, dizia para si mesma… «Ó meu Pai do Céu! Perdoa-me, eu quis dizer, Deus é Grande!»
À noite… extremamente quente, depois de saírem da discoteca às três horas da madrugada, chegaram a casa onde todo o mundo dormia… ouvindo-se o leve ressonar de um dos pais, e o ronco forte de outro que fumava dois maços de tabaco por dia…
E estando os dois bem sintonizados como uma orquestra, um parecia um violino de vento, o outro um tambor de metralhadora… ao lado dele, a esposa (mãe de João) dormia com algodão nos ouvidos ferrados a chumbo.  
Parecia um anjo de lambreta, tal era a serenidade estampada no rosto…  em contraste com o chiqueiro do motor bárbaro do marido.
Ao passarem pelos quartos, e ouvindo aquela sinfonia, soltaram baixinho uns incontidos risos, pois o caso não era para menos.
Beijando-se nas faces como respeitosos primos, desejaram ambos a felicitação de uma boa noite… e foram-se deitar. 

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Maria dava voltas e mais voltas na cama com aquela imagem do enchumaço vincado na memória.
E sem conseguir dormir há mais de uma hora, resolveu ir à sala tomar comprimido para insónia…
 Ao passar pelo quarto do primo, arregalou os olhos de espanto ao espreitar pela frincha da porta levemente entreaberta, o corpo do João todo nu em cima da cama, que dormia descansado com aquele coiso enorme descaído para uma das pernas…
Hipnotizada, estava ela meio agachada, que bateu com a fronte na maçaneta da porta, não evitando um grito de dor, pisando com um pé o outro chinelo que a fez rebolar com a cara mesmo em frente do dito cujo… e dos olhos de surpresa do primo, que acordara e se assentara na cama em sobressalto com o ruído.
Maria esfregava a testa cheia de dores e uma perna dorida também, enquanto punha um dedo na boca, como para imitar silêncio absoluto. 

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João que olhava divertido para todo aquele aparato, ao ver a camisa de dormir aberta até à barriga…  e entre as pernas de Maria aquele ouriceiro matagal… tentou ajudar a prima acariciando o interior das coxas para aliviar o sofrimento momentâneo, enquanto sentia o crescer do excitamento e o aperto da mão dela desviar-lhe o coiso para o lado, tal era o comprimento do desgraçado… e os olhares de ambos vidrados nos respectivos adereços prestes a turvarem-se…
Nesta altura, com a temperatura que ia lá fora e lá dentro dos dois corpos, o sangue fervia como um vulcão, e como tal rebentou com a tesão do calor, embrenhando-se os dois corpos num frenesim de apalpões, beijos de línguas, de clitóris e do quente membro explosivo como dinamite.
Depois a penetração, a dor e o prazer, a repetição… e o êxtase de Maria, seis vezes em três horas, seguido dum suspiro concentrado.
No final, já nem pensava no seu namorado Silva… e até dizia ao seu Primo João, que ele era o homem da sua vida.
Ele, por sua vez ficara feliz da Silva, porque tinha uma paixão avassaladora pela prima, e lhe jurara fidelidade eterna. 

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É claro que, Maria não podia viver sem o Silva porque o amava como se amam as estrelas, e era um sentimento tão belo como o amor… assim lhe confessara ela.
Mas o João era o homem da sua vida… porque lhe inundava o ser com prazeres lascivos, abrindo o interior a novas medidas de comprimento, ainda que rebentasse as paredes do seu mundo com ecos de sons infinitos na parte mais voluptuosa da sua alma.
Ou seja, o Silva era a parte estética do amor, que despertava em Maria a parte mais romântica… e João o lado mais sexual do prazer e que a completava em todos sentidos, ainda que os perdesse… ela era feliz assim, com os dois… que fazer?
Todos nós sabemos.
E embora seja assim, há sempre um que não sabe…




De "Confidências De Um Livro"
Publicado aqui de Junho a Novembro
no Ano de 2013














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