Olá.
Meu cabelo é
castanho-escuro, meus olhos são vivos, um rosto agradável, gosto de chorar
rindo, e do sabor da Pepsi-Cola por ser famosa, é como se fosse um parente
rico; além de ser um rapaz simpático e muito falador, gosto de dar beijinhos de
boas vindas,
às meninas de
quem tenho desejos de uma boa amizade, e sou danado para a brincadeira ao
pregar partidas aos amigos.
Há quem diga,
que sou amistoso para os amigáveis, que sentem como eu, que é bom não esconder
o que é rir ao chorar e não gosto de travar o bater do coração ao amar, aí
ninguém me pára, sou um vulcão.
É com sentido
que sinto quando bate com sensação o sentimento da mente com o sentir da
alma.
É que eu sou um
romântico inveterado; sonho com o amor da minha vida, sentado numa esplanada,
debaixo de um guarda-sol numa tarde quente de verão; ela com os cabelos soltos
ao vento, rindo com aqueles dentes alvos e apaixonada, quando pego no copo de
refresco e lhe meto a palhinha na boca… enquanto vemos cinema ao ar livre, o
filme:
“E tudo O
Vento Levou” …
Ela bebe com
soluços nos olhos, e eu a tremer limpo, levo lenços aos molhos, espremo aquilo…
enxugo, e choramos os dois juntos num mar de lágrimas.
Eu dou-lhe uma
flor, e ela beija-me com palavras, devora-me com amor.
«… Espera
Vítor, quero ver se fico bem na fotografia».
Disse o Pepe
interrompendo-me.
Mais a meio,
perto do final da mesa, vi a Alexandra pelo canto do olho disparar o flash…
ainda estava de ladecos e assim fiquei na foto.
O meu amigo
Pepe, vocês não sabem, mas ele canta muito bem.
Oiço-o às vezes
no balneário quando aquilo está um pouco mais sossegado.
Não sei se ele
andava a treinar, mas na altura havia inscrições para os Ídolos…
E naquela noite
de convívio, já com o ambiente um pouco quentinho com os vapores do abafado, Martinis
e tintol, aquilo parecia mais um paiol… do que uma sala de jantar…
O Pepe
enfrentou a câmara com aquele olhar dominador, todo inchado que nem um peru.
Tinha o papo cheio, mas não era de aguardente, e por entre um arroto de
desabafo, parece que o ouvi a murmurar… «…. Desta vez é que arrebento com o
retrato!». Não sei bem… se era ele a suspirar ou eu a delirar com os sons do
álcool que vinham dum lado qualquer, e ainda não
haviam passado…
Meu nome é…
Pepe.
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