Olá.
Sou uma pessoa
engraçada, gosto de conversar e sou bem-disposta por natureza.
Quando passo,
meus passos são divertidos, ainda não acabei de dar outro e sinto os dedos do
pé a rir… de contente.
Eu acho graça a
tudo, e até ao que não tem, eu própria arranjo maneira de ela sair aos saltos,
em soluços e alguns engasgos de tanto rir e fazer gargalhar.
Eu sou
assim.
Dizem, que
quando vim a este mundo, vi passar o Chaplin com aquele andar desajeitado e
aquela bengala que ele usava como arma para bater nas avenidas, e andar tão
elegante com aquelas barbatanas que eram aqueles sapatos… era tão vaidoso que
ao olhar para trás… ao dar um passo dos meus – zás!
Caiu num
buraco.
Aquilo é que eu
me ria.
Por isso se
vocês estiverem a olhar para mim, e o vosso semblante denotar seriedade, não
pensem que estou a fazer troça… é que, quanto mais sério estiverem, mais
vontade me dá de rir… sabem, é que eu vejo em vós… o rosto do Charles
desapontado, quando cai no buraco.
Não sejam tão
sérios, acompanhem-me, riam-se… comigo.
Pelas feições
do rosto, ao abrir o livro do amor… ficou desapontada?
Eu e todos que
a conhecem, nunca a viram tão séria, não acham estranho, aquela cara vincada?
Que estaria lá
escrito?
Algum ramo que
falta lá no seu jardim, onde antes era uma flor?
Quem a conhece,
sabe que é uma mulher simples e adorável, mas agora que a vejo parece ter um ar
aflito, embora esteja sentada e seja incansável, está bonita com aquele ar de
bebé mimada; e embora esteja muito bem no retrato, há ali qualquer coisa que
falta…
Aquele esgar,
transformado num sorriso de uma ponta a outra… começo achar que parecem as
ondas a saltar no mar, mais a condizer com o ser em questão.
Depois, abrir o
som musicado da sua voz, a querer dizer que é o amor que tem no coração, e o
sorriso, a alma simples e pura da sua graça, ao som de uma espontânea
gargalhada.
Meu nome é…
Emília.
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