DESCOBERTA
DE VERA CRUZ
/BRASIL/
/BRASIL/
Vislumbre global do
contemplar
em horizontes de palma aberta…
em horizontes de palma aberta…
Futuros amenos
bruxuleantes do ondear
por ravinas d' Impérios despindo o caos.
por ravinas d' Impérios despindo o caos.
Não são olhares
perdidos da montanha que cega…
Os dias vindouros não são exatos,
os silêncios de ouro que vêm do nada…
O emudecimento do
charco de águas cristalinas
banham corpos enregelados pelo bater dos braços.
banham corpos enregelados pelo bater dos braços.
E vem a febre das
águas frígidas
gélidas, arrefecidas,
frias! Frias!
Como faísca atroa, resfolega como ó raio!
Fátuo passageiro,
aziago, que volve ateada nuvem…
Divina onda salgada!
Divina onda salgada!
Magia de círculos em
ouro sonhando
por cima do ar serpenteando
ondeando como o cisne do lago…
por cima do ar serpenteando
ondeando como o cisne do lago…
Barco à vela que foste
inventado!
Desce à terra do Atlântico!
Desce à terra do Atlântico!
Com enfeites e corpos
em liberdade...
Olhem pró-homem do mar!
Olhem pró-homem do mar!
Por entre vislumbres
de seda
admiram a inútil avidez do cheiro.
Não vêem o lugar da natureza…
admiram a inútil avidez do cheiro.
Não vêem o lugar da natureza…
Acabou a paz no
Oriente pela guerra.
Do Ocidente da terra…. Arreia marinheiro!
Arreia!
Do Ocidente da terra…. Arreia marinheiro!
Arreia!
Em linguagens
diferentes
traduzidas pela língua em presentes
cobiça vã disfarçada em riquezas…
traduzidas pela língua em presentes
cobiça vã disfarçada em riquezas…
donde vem a grande
Vela?
A nave balança no seu
erguer
e o conquistador Cabral
sagra-se em tons dourados…
O pano arfando ao vento
majestosas Quinas de Portugal.
e o conquistador Cabral
sagra-se em tons dourados…
O pano arfando ao vento
majestosas Quinas de Portugal.
Anuncia-se aos quatro
ventos:
- O fidalgo foi coroado!
Uma voz próxima do trono sussurra:
- Mais uma terra do reino Senhor!
- O fidalgo foi coroado!
Uma voz próxima do trono sussurra:
- Mais uma terra do reino Senhor!
Espicha o cintilar da
luz enfeitada
refulgentes asas perdidas pelo gládio…
Depois vem a paz e a dança da música
por entre ramos de palmeira semiescura
refulgentes asas perdidas pelo gládio…
Depois vem a paz e a dança da música
por entre ramos de palmeira semiescura
Olhares
desconfiados...
índios nus...
temerosos passos…
desertos fugazes...
tranças pelos ares…
índios nus...
temerosos passos…
desertos fugazes...
tranças pelos ares…
Vã cobiça d’oiro com
chama luzente
todo enraizado de orgulho na mente
toda a paz de alma desaparece…
todo enraizado de orgulho na mente
toda a paz de alma desaparece…
E grita-se tamanha
vitória à espécie!
Por entre histórias de
aventuras
sobressaindo o vermelho das dunas
logo baixa o nevoeiro fantasma
volteia a neblina que passa…
sobressaindo o vermelho das dunas
logo baixa o nevoeiro fantasma
volteia a neblina que passa…
Descendo, vem algo do
coração
estaca, enterra saudade...
O Novo Mundo… sagacidade.
estaca, enterra saudade...
O Novo Mundo… sagacidade.
Teu pavor de partir marujo
o eco de ti ao mar hisurto.
Desfralda a bandeira
ao vento na tua fileira…
ao vento na tua fileira…
Portugal!
Avança!
Poente voz do Ocidente
canta o hino de luz.
Terra Santa!
Tua voz coragem sente
Terra de Vera Cruz.
canta o hino de luz.
Terra Santa!
Tua voz coragem sente
Terra de Vera Cruz.
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