PENAFIEL
PETIZ
Eu, de calções
branquinhos, camisola às risquinhas botas e camisa de colarinhos, tudo alvo naquele
caminho, demonstrava segurança de quem tinha olhos do mundo, aquela
cumplicidade que havia por ter anjos como amigos e a serenidade de um coração
seguro, traduzido por uns olhos meigos e queridos, numa inocência de quem é
pequenino.
Quem olhava
para mim, seguia meu olhar de criança, levava substância de quem seria amado,
transportava uma sina cujo final não tinha…
Num prato o coração a transbordar de correntes que aproximam os seres que amam, e noutro o peso equilibrado dos corações apaixonados que tomam quantidades em doses doseadas de amor…
… e renegam
para sempre o ódio, a guerra, a inveja, a sedução, sem lugar para o ócio e a
espera, pela negação de contrários que trazem coisas positivas, nas paixões
conseguidas, traduzidas nas coisas do mundo banal em pura magia.
Quem olhava
para mim pequenino, jamais poderá ser grande, se o minúsculo sentido que dá
origem aos fluidos vitalícios do organismo, emprestar cor à vida, o ser grande
e voltar a ser pequenino, o pequenino ser enorme na sua pequenez, com amor
infindo.
Quem olhava
para mim criança, sentia a paz ao redor como uma auréola anunciada - uma pomba
de asas brancas mensageira, que trazia aos sete ventos espalhada a nova
guardada, há muito desvendada... infinitamente sem destino, na busca do
paraíso.
Se na simplicidade está o significado que clarifica, tudo que nos rodeia na memória dos homens e da humanidade, e o segredo que roubaram da arca da aliança… inviolável, e de menos importância, é o equilíbrio de quem vai e vem, entre o mal e o bem, é o elixir da vida, a fórmula do dia-a-dia, é o que eu trago sempre comigo – amor distribuído como um hipnotizado.
Se na simplicidade está o significado que clarifica, tudo que nos rodeia na memória dos homens e da humanidade, e o segredo que roubaram da arca da aliança… inviolável, e de menos importância, é o equilíbrio de quem vai e vem, entre o mal e o bem, é o elixir da vida, a fórmula do dia-a-dia, é o que eu trago sempre comigo – amor distribuído como um hipnotizado.
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