quarta-feira, 12 de agosto de 2020

VIVENDO SONHO III

 

 

 

VIVENDO SONHO
III






Ao adormecer coabito vigilante… 
De nova ilusão, ando como um sonâmbulo - desperto, ao sonhar acordado. 
Levanto-me da alcova entorpecido, buscando caminhos soltos por entre nuvens almofadadas, encurtando atalhos de poeiras molhados, que me embalam no ar invicto, sem vislumbre de pensamentos que queiram despertar no céu da mente.
Voo ao som do incitador que guia hipnotizadas imagens…
Continuo a sonhar de tantos devaneios que passam… 
Passo a insígnia com o número fadado marcadamente destino, guardado no interior do coração sob um cofre negro, que simboliza a chave escondida por debaixo do código de acesso.
Os patamares misteriosos que me permitem sonharem, e encontrar nublados amores de antigas paixões, rodeado de sensações que nos cercam, e sentimentos que nos dão uma mente apaixonada… não passam de augustas quimeras. 
Envolto nos afazeres da máquina social, novamente adormento, embalado na utopia que é o estrépito do ruído ameaçando os tímpanos, barulhos de trompas que anunciaram o começo elaborado como organização da humanidade - E o fim da liberdade do pensamento, ao magicar na maneira de meditar. 
 
 
 /Vitor/
 



sábado, 11 de julho de 2020

AO MORRER II

 


 

 

 

AO MORRER

II





A morte não escolhe a porta…o espírito foge da matéria morta, não se convenceu ainda que não morre. Ao morrer partimos sem volta.

Andamos… não convencidos vagueamos.

A capa usada é a substância descartável de tal sorte se torna nosso parente com a idade.

Exímia na sua aventura eterna, usurpador de corpos pelos séculos fora… na nossa alma perpétua, abala, quando se prepara para ir embora. 

O dia no mês com milhões de anos, os séculos de mistérios… que segredos mais antigos os mundos de muros incertos?

Se desvendam... que fórmulas com significado mágico existem?

… que os deuses escondem e insistem… fartos que estão do calendário do tempo, por serem intemporais, se admiram da morte ser mais eterna, o milagre de morrer ao ressuscitar, coisas dos mortais…

Que coisa estranha esta vida!

Mil e um pensamentos, tanta coisa bonita!

E não há sentir que aconteça por mais belo ou triste que seja, que não acabe no morrer vivo, no falecer do existir tido.

 

 

/Vitor/ 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

AO NASCER I


 

AO NASCER

I  

 

 


 

 

AO NASCER

I  

 

Nascemos…e ao nascer pensamos como seres imortais. O fomos em tempos idos profundos, uma espécie de animais…porque não sabemos o que é a partida dos mundos… caminharemos fantasmas atrás dos passos das almas.

Nascemos, e ao nascer pensamos como seres imortais… seremos muito mais! Uma forma de vida Superior a que nem os deuses conseguirão sobreviver, se na sua forma de viver não conhecerem a magia do mar,  a imortalidade na simples forma de amar.

Só conhecemos do ir, existencialismos puros, a poesia das flores... a natureza dos insetos voadores, empoleiradas em milhões de asas ao redor da arca redonda, ilha solta de volta tonta que é o céu azul mareado, nosso planeta amado.

Um peixe saltador do oceano intacto alteia e mergulha no momento exato… o sol é ar aquecido pelo pular das vidas, não se deixa levar pelas águas arrefecidas que num dia das semanas, com descendentes de tentáculos nas subidas e atual estado queda de barbatanas… será gigante das águas fundas, desaparecido, como rei do tamanho sem permutas.

 

 

 /Vitor/