quarta-feira, 10 de setembro de 2008

MERETRIZ







MERETRIZ

Musa de papel químico
profícua fêmea de hoje
colorido solto proibido.

À ombreira da noite
deu à costa sua sina...

Ofício da lágrima antiga
à triste maresia rasa
pelas ladeiras da estrada
beira-mar maré perdida.

Passos nas trevas escondida
por esquinas inseguras
ganhando a puta da vida!
Com o corpo na dura luta.

Seja à porta do fraco leito
no teatro do falso amor
ardores que são por inteiro
à laia da maneira que for…

Saco lixo ventre mulher!
Profissão gasta de amar
qualquer coisa como fundição,
objeto de lascívia a sangrar
passado de mão em mão,
à forma do jeito qualquer.




















quinta-feira, 7 de agosto de 2008

DAR GRAÇAS

 




DAR GRAÇAS




Por estar vivo
nascido no berço

Por um aperto
um sorriso
  e um terço
por ser e não ser
dom de peito
  a tremer...

Amor sujeito
de se ter.
Agradeço
  aquém de direito
tem esse poder…

Não sei se mereço
mas vou a eito…

Viver, viver!





















sexta-feira, 11 de julho de 2008

CONJUGAÇÃO DO VERBO SER






CONJUGAÇÃO DO VERBO SER






Eu sou como sou!
Não me arrependo de ser.

Sejam o cuidar doutros seres

E da troça que era, eu fui.
Ainda que seja graça?
Compreendo o que é.

Nós somos a nossa escolha.
A minha vontade será firme.

Não há nada se eu fosse que queira.
Para serdes o que sois?
Deus pertence a quem for!

Fora eu como vós seríeis
e não existiria, como será o destino.

Quando eu for
a conjugação do verbo ser,
mesmo que não sejais vós
o mundo será melhor.

Tu és como és!
Eu sou como fôra!

Sê tu, e eu...
não me arrependo de ser.