sábado, 12 de fevereiro de 2005

MANTO DE ASAS





MANTO DE ASAS
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Centelha etérea, qual rubi, disforme pureza, brilhante e por vezes opaco. Elemento penetrante… eterno princípio donde ele emana, chama que começa e nunca acaba

Entidade de interação incorpórea que preexiste e sobrevive a tudo, clarão da eternidade. Ocupa infinitamente espaços indefinidos, escoltam presenças assíduas, observam o lado que é zona intercalada, atuam sobre a vontade sem o entrever. São núcleos instintivos, instrumentos que a Nume cuida, para albergar desígnios missionários providenciais.

Percorrem lugares na rapidez do pensamento embora a alma seja quem clarifica, e a inteligência superior atributo. Atravessam o ar, a terra, as águas e até o fogo lhes é acessível; não há matéria que impeça de ir onde querem nem desumanidades, nem céus
desertos.

Seu corpo, perispírito… é uma substância vaporosa para os olhos, se eleva na atmosfera para lugares impossíveis. Envoltório, ser imaterial, fluído universal que é retirado de cada globo, única forma visível passando de um mundo para outro… sendo pelo destino, na sua obrigação, o parente humanoide mais próximo.


















quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

GÉNESE ESPÍRITA








GÉNESE ESPÍRITA




Há encontros humanamente cósmicos que dependem da perfeição ou então… da imperfeição dos grãos espalhados na areia que antes de serem rochas de várias
espécies se tornaram partículas do Universo e implodiram noutros lugares como este… 
Vieram incrustados como células dentre as cidades e o mar, e nos tornaram espíritos
na Pedra, vagueando como os sem abrigo na Terra, errantes, sem telhados de vidro, luminosos espelhos do estrelecer… chamas da vida, algures noutras formas de ser humanidade, extra gente não terrena, novas formas de ser - acasos do amanhecer.
Sei que nos rodeiam, vivem de humanos vividos, somos iguais, insanos no espírito…
mas para ser sincero, nunca me preocupo com assuntos deste género… só lhes dou as importâncias que têm no momento.
Como tudo na vida - um a seguir ao outro como a noite e o dia, um segundo luzente ou um século morto, um dia a menos ou a mais do ente, Eterno viver amorfo com cheiro a mofo, do pó secular eternamente, se desvanece em nuvens de imagens longínquas...