AO VER
A PAULA NESTE RETRATO
Ao
ver a Paula neste retrato
já
não sou quem fui.
Mas
acordo…
Penso.
Ao
pensar recordo.
E
caminho.
Estou
sozinho nos meus passos
mas
a companhia dos seus olhos
quebra
o frio no meu coração.
Tudo
isto é pessoal.
Por
isso falo no sujeito “eu”
e
o sujeito já não é quem foi…
porque
pessoalmente existiu…
São
as pessoas da minha juventude.
São
o passado do meu mundo.
Esqueço-me
do mundo.
E
o mundo esquece-me.
Como
tenho saudades
do
tempo e das pessoas
das
pessoas e o tempo
no
meu mundo…
Quando acordo…
Já
não sou quem fui
ao
ver a Paula neste retrato.
Um
beijinho amiga.
/Vítor/