sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

ESTE NATAL?






NATAL DOS ESQUECIDOS






Este Natal?
É verde pinho sem luz
embaciado tempo axial
é tempo de Jesus.
Este Natal?
É penumbra escondida
dum coração leal,
tanta coisa da vida
… sem mãe nem pai Natal.


Restam os amigos de coração.
Mas onde estão eles afinal?
Rodeados de espírito igual
/que bom! / não sentem solidão.


Este Natal?
Onde estão queridos amigos?
Primeira vez sozinhos…
2017… Este Natal?
Beijo teu leito Mãe.
Pai, abraço teu Espírito.


Sigo vossa Estrela de Belém.
Um dia, juntinhos…
Todos, noutro local…


Beijinhos.


Este Natal?















quinta-feira, 2 de novembro de 2017

ATÉ UM DIA DESTES












ATÉ UM DIA DESTES







Esperar o quê? De que outras vias?
Não espero nada das vidas
mesmo que ouça gritos
de mãos estendidas,
eu já perdi tudo…
não tenho nada, de tantos suspiros,
nem a voz do meu mundo.



Esperar o quê duma voz amiga?
se ela existe passou ao lado,
o mundo de cada um é tudo
e do suposto amigo – nada.
Nesta hora perdi o mundo
e no meio das flores adormecida
meu universo, minha mãe querida.



Não espero, não sou insensível,
mas por mais que queira dar
eu perdi quem mais queria amar,
a dor é impossível
dolorosamente acesa,
não preciso da culpa, da pena,
mas da minha mãe inesquecível.



Esperar o quê dos caminhos?
Já nenhum faz sentido,
perpétuo, imorredoiro, frio…
já só a laje de mármore vazia
à minha espera da vida,
o encontro dos espíritos
o filho ao encontro da mãe querida.



Só nesse dia minha alma descansa
eternamente feita esperança,
beijar no seu leito as lágrimas
de felicidade e florida cor
por estar juntas nossas almas
poisando-lhe no regaço uma flor
para sempre abraçados com amor.



Esperar o quê… já não faz sentido,
não sentir o seu calor
o seu maternal amor
não a ver ao vivo…
eu já perdi tudo
o olhar aquecido,
o meu mundo.