quarta-feira, 13 de julho de 2016

Falar de “altura”...





Falar de “altura”...
é um estratagema trocado por miúdos – uma fraude.


 

Se houvesse um dilúvio em vez de chamas
como se houvera tapando toda a claridade do ar…
Correria alienado para o ponto mais alto do pico.

Ou então, fôra eu uma perdida queda de Ícaro?
Não precisaria trocar de barbatanas,
tubos respiratórios ou óculos do mar.


Mas se caísse um raio do céu
fazendo tremer os mundos?


O melhor seria deitado de bruços
usar chapéu de coco contra as pedras!


Rastejando como uma cobra sem mausoléu
ver debaixo, sem levantar os olhos da terra.




LIVRO 3
/Confidências de Um Livro/












segunda-feira, 13 de junho de 2016

De...





De...




Viver a realidade veemente,
é adormecer de repente,
o súbito mortal que morre.

Viver interiormente o sonho,
é existir eternamente na vida…
real da morte.
...



Esta confidência...
tantas vezes falado nela.
Meramente coincidência?
Sopro rubro e símbolo espera...
não ciência...

Meramente despertar
simplesmente amar
esta Confidência...

Agora presença insuportável...
depois nunca infernal,
meramente abafa
se esvai como um fantasma.

Será isto arte galharda...
ou qualquer sapiência?

 Gaz mostarda...
meramente coincidência.


 
LIVRO 2
/Confidências de Um Livro/



















sexta-feira, 13 de maio de 2016

É COMO EU






É COMO EU




É como eu, nem mais nem menos que os outros...
somos… não sabendo donde. E porque sou…
não faço desvios de feitio ao milímetro,
sejam para um lado qualquer do triângulo da vida,
convencido que serei…
se for um ser um pouco douradinho
 de pintinhas além-espírito,
um ser bonzinho, com asas de formiga.


LIVRO 4
/Confidências de Um Livro/