quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

LINHA DA VIDA







LINHA DA VIDA




Na realidade, se estávamos no caminho certo e por ironia do destino somos abalroados por coisas que nos transcendem, é porque esse caminho é errado.
Alguém nos traçou uma linha - quer queiramos quer não, jamais poderemos sair dela sem risco nem fim na sua perpetuidade, embora possamos colher de vivências passadas lições para a posteridade com a passagem da idade.

Seguimos o corredor que tem alas de lado, queremos atravessá-las como júris frenéticos batendo no charco, complicando o que parece facilmente… quando deveríamos seguir em frente. 

Há sempre algo que nos quer puxar com seus tentáculos e como um inocente manto de asas somos sugados pelas ventosas gastas que são mafarricos desinquietos como os instintos dos desabafos.
Não interessa os obstáculos que temos de transpor, os tombos que damos por aí na dor, se machucamos alguém por erros nossos, a nós próprios se reflete o mal cometido nos ossos, porque incide no coração o que a faca mata na carne em diapasão. 


 E se tirarmos ensinamentos das quedas que damos sem sentido, nem tudo estará perdido, se na vida retomar a continuação de uma grande força de viver - juntar a vontade e o querer.

A luz tem uma direção que nos ilumina. 
Se trocarmos o caminho, há sempre uma maneira de contornar o espaço vazio, para retomar o rumo certo de uma existência vivida. 
Só teremos que ser nós mesmos, não pisar o traço contínuo, não contornar a nossa cruz, ser em nós próprios… iguais à nossa linha da vida.

















sábado, 3 de dezembro de 2005

DOIS MIL E…

 


 
 DOIS MIL E…






Para ti, que não tens lugar para o ódio, um Novo dois mil e…com o único desejo que vale a pena viver - amar.

Gostar, nem sempre significa o que contém, mesmo não sendo como alguém quer.
Mas gostar, continua a ser sempre o mesmo quando se sente, longe ou perto, é real.

Parecendo distante, engana apenas a quem vive no estado latente, mas continua a ser sempre afecto para quem ama. E quando julga que não sente, alguém sente a falta de quem tanto bem nos quer, porque não encontra em mais lado nenhum tanta ternura envolta em amor.
Só quando olhamos e não vemos esse alguém que sempre esteve ao nosso lado, é que sentimos a saudade da sua companhia e a falta que nos faz.

A consciência é de quem sente.
O acordar quando se arrepende, e reconhece que pode haver esperança no bem-querer.
Pode não ser frio no coração, mas é de certeza a nostalgia perdida no silêncio…
… e o amor com asas de vento.

Se gostas, junta-te a esta Mensagem de Boas Festas
com a Esperança de um feliz Novo Ano.
Assina o teu nome com o coração cheio de amor.


/vitor/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 




sábado, 12 de novembro de 2005

ATLÂNTIDA








ATLÂNTIDA




Reflexos de luz em trilhos ondeada
chispas de nuvens salgadas 
maravilhoso oceano vasto…  
Gaivotas em planado voo que passa
 canções de ondas em pautas espumadas
extensa planície azul mareado...  

Segredos que o planeta encerra.
Que são as águas da Terra?
Reinos de Mundos cercados…? 
fórmulas em forma de célula...?
Que mãos com mil cuidados  
guardam em oceânicas lamélula?

Serão Casa de Profundos Céus  
dividido em partes aguadas…  
que vão do vasto imenso mar  
aos profundos penedos de ilhéus,  
orbe de homem-peixe, raças,  
mundos que hão-de sonhar?
De lindas Sereias, barbatanas sincopando,
as ondas badanas em majestosos céus de águas 
com titânicos rastos de fráguas.  

Quimeras jasmins, nuvens soltas  
de unicórnios sob escoltas,  
céus de Águas total origem,  
telepata ser, deuses exigem.

Habitam por aí comuns segredos  
disfarçados de humanos bruxedos,  
céus derretendo precioso líquido,  
outrora casas de rocha, início.


Céus de Águas em veias corrido 
 dentro corpos estranhos vertidos,  
Atlântida de lares e criaturas
 umas campânulas, outras figuras; 
mundos perdidos em destruição 
Céus de Águas, fontes de recordação.