terça-feira, 4 de março de 1997

DE MEU IRMÃO






Meu irmão nasceu dois anos antes de mim
com o mesmo nome que eu tenho e faleceu
com três meses por doença.




DE MEU IRMÃO









Que missão pode um ser desempenhar neste mundo imenso… Deus chega, é suficiente razão? 
Partir numa tão breve passagem, voltar em tão curto espaço de tempo ou há algo mais verdadeiro… tem explicação? 

Que ser é este…palpita e não cede a existência? 

Porque gosta tanto assim de sentir o tinir que o faz sentir vivo, ou os laços que unem o mesmo espírito como gémeos verdadeiros existentes na mesma pele do pensamento… o que dá força imortal para ser nas duas partes da gente, ou serão dois irmãos parecidos  num só mundo dividido… qual deles o mais real? 

Que faz viver entre a noite e o dia solitário, sem claridade nem escuridão, perfeitos na ligação, senão o vazio ou a liberdade do sentir sem ninguém a seu lado…?

Únicos, estão unidos como a composição da rocha, sem declives nem desgaste, incompletos na formação de um sem outro.
Juntos podem sobreviver numa parte fora d’outra…
Mas se um cessa, o outro morre, deixam de ser um par, duas almas num corpo…um só envolto.

























segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997

DE MINHA MÃE





Beijarei teus olhos, teus pés,
Beijarei tuas mãos, teu ventre
Te amarei na eternidade até…
Te chamarei mãe para sempre.



DE MINHA MÃE



*



Por entre aconchego e ajeitamento de lençóis
senti um dia ao adormecer
beijos que eram doce mel aos caracóis…
Amor que vinha solto de carícias


A ternura das mãos faziam em mim estremecer…
soltar magicas delícias.


E de lábios meus,
sorrisos vindos da estrela de Belém…?
Sentimentos ternos pairavam na voz dos “eus”


Afecto profundo
linguagem de mãe


Eco do meu mundo.



 *