quinta-feira, 2 de novembro de 2017

ATÉ UM DIA DESTES












ATÉ UM DIA DESTES







Esperar o quê? De que outras vias?
Não espero nada das vidas
mesmo que ouça gritos
de mãos estendidas,
eu já perdi tudo…
não tenho nada, de tantos suspiros,
nem a voz do meu mundo.



Esperar o quê duma voz amiga?
se ela existe passou ao lado,
o mundo de cada um é tudo
e do suposto amigo – nada.
Nesta hora perdi o mundo
e no meio das flores adormecida
meu universo, minha mãe querida.



Não espero, não sou insensível,
mas por mais que queira dar
eu perdi quem mais queria amar,
a dor é impossível
dolorosamente acesa,
não preciso da culpa, da pena,
mas da minha mãe inesquecível.



Esperar o quê dos caminhos?
Já nenhum faz sentido,
perpétuo, imorredoiro, frio…
já só a laje de mármore vazia
à minha espera da vida,
o encontro dos espíritos
o filho ao encontro da mãe querida.



Só nesse dia minha alma descansa
eternamente feita esperança,
beijar no seu leito as lágrimas
de felicidade e florida cor
por estar juntas nossas almas
poisando-lhe no regaço uma flor
para sempre abraçados com amor.



Esperar o quê… já não faz sentido,
não sentir o seu calor
o seu maternal amor
não a ver ao vivo…
eu já perdi tudo
o olhar aquecido,
o meu mundo.
















segunda-feira, 9 de outubro de 2017

AMANTES PROIBIDOS





AMANTES PROIBIDOS






No silencio 
se entrega o que de melhor se contém em segredo.

Quiçá um sorriso em forma de coração,
um beijo ávido de sexo,
um olhar cheio de encanto,
tudo retido num incógnito sacrifício 
prestes a explodir na invasão do outro espirito.

... depois se apercebem 
que não podem viver afastados. 


Então, o destino...
transforma o acto do espírito em carnal desejo
e a paixão do amor só de menos importância

... e porque o sexo é  bom 
/melhor que na vida conjugal/
são amantes proibidos

... sem tabus.















sexta-feira, 1 de setembro de 2017

CONDECORADO DE GUERRA






CONDECORADO DE GUERRA






Mais do que ser valente
“É preciso tê-los no sítio.”


Não sou eu que digo.
É velho apanágio da gente.


Melhor que fugitivo
 cobarde escondido?


Só herói assassino.



















segunda-feira, 7 de agosto de 2017

NÃO-À-GUERRA







NÃO-À-GUERRA





Tudo quando nasce
tem um cognome nominal.

Este nasceu" d’algo, pasme-se…
sem paz horizontal.
Permanece como se visse…
qual soldado desconhecido?
Todo o mundo existe!
E não sabe que é vivo.
 
Não sei que diga
nem que fale.

Por mais que cale?
Está à vista.
Não sei que diga
Nem o que faz mal.

Se entra na minha vida?
Que vida é afinal?
 
Não sei como diga…
importância gestual?
Palavra efusiva!

Pena capital.





/Vitor/