ASSIM VAI A MINHA INCOMPOL
Considero-a “mãe” importante na minha existência.
Ajudei-a a crescer e dei o melhor que pude e sabia para ser o que ela é
hoje.
Ela é uma parte de mim, tem o meu suor marcadamente correspondido, e o meu
sangue com um dedo perdido.
Muitos dias e noites construindo sonhos produtivos para continuar a ser
reconhecida pelos seus pergaminhos, concorrendo para a consolidação das almas
que rejubilam com a perfeição de suas peças mágicas, formando o puzzle que é
esta família unida – Incompol.
/Lugar de meu labor…/
Um marco que sai do esforço de todos diariamente esgotado, sem entusiasmos
repetidos porque nem sempre as compensações são moralmente devidas - mas por amor o que não se faz? Tudo.
São factos passados sem causas nem rebuliços que passam marcados pelo que
vai e não volta tempo depois de anos seguidos, pois a luta é sempre na mesma direcção, o êxito de quem labora.
Actualmente, a chefia quer uma disciplina de cariz controlado, à boa
maneira dos velhos tempos de outrora... tendo como
finalidade produzir germes com ou sem casca, desde que sejam em grandes
quantidades, resultando mais valias se não houver desperdícios e a qualidade for efectiva.
Vem aí tempos bravios com calendários de muitas horas, calores e arrepios com
muitos suores e recompensas incertas... pois a crise em que se encontra o mundo apenas serve para ir sobrevivendo...
E eu cheio de stress dos afazeres que a produção deste meio traz a toda a gente…
laboro em horário normal porque não sei trabalhar sobre pressão, e com confiança e responsabilidade
nem sequer imponho condição, sou capaz de ir até ao fim do mundo… ainda que não
exija e esteja a ser estúpido se me falarem ao coração. Já disse - o que não se faz por amor? Tudo.
Responsabilidade é um atributo e não deveria exceder a confiança de quem
tem medo, atribuindo uma boa performance a quem desempenha com
profissionalidade e brio o lavrar em liberdade como trapezista da vida.
II
/Lugar que devia ser a nossa casa…/
Há algum lugar melhor que a nossa casa?
Claro que não.
Essa casa em forma de coração gigante… terá de ser a mesma que nos fará
sentir bem connosco no desempenho das nossas funções, dando apoio aos nossos
anseios com formações e aprendizagens, progredindo profissionalmente num crescer em
harmonia, zelando pelo bem-estar dos que constroem, criando riqueza para o bom
nome da Empresa e protecção dos assalariados como grupo familiar, levando a
Incompol como estandarte a todas as partes do mundo, com provas dadas na
indústria certificadamente adquirida e reconhecida por entidades competentes.
Como se consegue tudo isso?
Com amizade, lealdade e mais respeito por quem trabalha.
Ao sentir-mos esses laços, estamos dispostos a enfrentar todas os estorvos
e a fazer de mentes robotizadas como querem e é apanágio das chefias.
Para todas as profissões há uma filosofia que temos de cumprir segundo
ordens superiores - para todos os trabalhadores deveria haver uma psicologia
onde fossem tratados com amor.
Sim com amor, não é engano.
O amor é a norma de qualidade que resolve todos os problemas da humanidade
e constituintes, que move montanhas e substitui Impérios, que inventa na
modernidade dos tempos novas tecnologias e sistemas avançados não traumáticos
para as gentes de todos os Universos.
Vamos trabalhar com amor, construir a escola da formação com amor
profissional, aprender a viver com amor na empresa que nos poderá abrir a porta
dos nossos sonhos com chave de ouro – vamos pintá-la com as cores da esperança
e gritar:
- Viva a Incompol!
III
/Indiferença da realidade com menos humanidade…/
Minha usina embora seja de lata, vai de um lado a outro muito comprido, com
telhas de chapa a escaldar e máquinas a queimar, ruídos de surdina com
ventilação no verão, de fogo muito quente e com ar condicionado quem é
administrativo, enfim… até nem é preciso, no inverno é bem geladinho.
E para falar verdade, compensa, o corpo está sempre na temperatura habitual…
meses de frio intenso e outros tantos de calor imenso, o que faz um ano bem
dividido com o tempo corporal em ambiente anormal e um sofrimento de esforços
físicos e ambiente totalmente bem mal.
Mulheres e homens simples que são usados como o quebrar do hímen a uma
virgem…
E precisando mesmo assim da magra quantia dos ordenados para sentirem que
estão vivos, que a ilusão faz parte do quotidiano, que viver assim também é uma
realidade, e darmos graças por ter a sorte dum emprego. Somos máquinas soltas
não-livres, responsavelmente parecidos como locomotivas, dois braços rotativos,
olhos quebradiços de fumo e uma cabeça de metal como puzzle . Ou então, carne e
ossos do ofício, números do aparelho produtivo com tatuagens e marcas de
concepção espiritual espalhadas pelo laboratório do mundo, em sintonia com o
poder e no silêncio de Deus.
/Lugar de qualidade…/
Este é o lema, o esforço desta empresa, o contentamento do comprador com a
marca atribuída e atributos proporcionais.
Logo, quase me atreveria a dizer que a:
- Qualidade é exceder as expectativas do cliente.
Mas pensar como eu sinto, diria:
- Qualidade é vender amor e dar prazer ao cliente.
Assim vai a minha Incompol.
Melhores dias hão-de chegar.
17 de Junho
2010
P.S.: Estas palavras são apenas para constatar que uns deram mais que outros para levar o nome da Incompol além fronteiras, mas no fim, todos contribuíram com muito esforço para não deixar cair esta Empresa. Hoje, dia 11-09-2016, eu já não faço parte desta família, mas continuo cá fora a torcer por vós, e se houver diálogo, lealdade e união, a Incompol nunca morrerá! E porque se vivem tempos muito difíceis, desejo muita coragem e força a todos sem excepção.
Um abraço a todos os colegas e Administração.