sábado, 10 de março de 2007

POEMA






POEMA




Findando, aparta…
Embebidos pensamentos
todas as forças inacabadas
condensando, causa…
Busca agros encantamentos
menestrel, lacaio de salvas.

Exóticos borrões bambos
de puas quebradas,
desmedidamente sentidas 
derradeiros quebrantos
quebra-luzes encadeadas
canto, ilusionista de magias.

Poema, musa de almas
canto das cotovias
purgatório de mentes…
Sérias graças…
Delícias… 
Bardos, trovadoras, crentes
do coração que encerra…

Relatório clínico do poeta.





































sábado, 10 de fevereiro de 2007

DOR







DOR




DOR…
É ferida que abre, subsiste
que acorda na alma, triste,
é nota amarga, torpor…
/que toca como sinfonia/
é semibreve, é fado, é sina.


DOR…
É chama que queima, traz furor,
angústia que dilacera, evento
que nos consome por dentro,
degusta o sangue vertido
desfaz o coração ungido.


DOR…
É querer respirar
sufocar e não poder,
é consentir por gostar,
é espírito e carne a padecer,
doer ao ter por não ter amor.


DOR…
É pecado que se sente,
traz na face rubor
é doer da gente,
raio que nos atinge
rasgo fremente que aflige.


DOR…
É sorrir ao prantear uma flor
é doer de tanto infortúnio,
é sofrer por não morrer junto,
é uma criança por aí abandonada
com a aflição estampada na cara.


DOR…
É viver num mundo injusto
procurar um pedacinho do paraíso
fugir ao destino
desculpar Deus com tudo,
odiar o diabo com amor

/O viver em vida como sofre uma flor./