sexta-feira, 11 de agosto de 2006

MÁQUINA DO TEMPO







MÁQUINA DO TEMPO






Existência que o descanso hiberna sistemas do tempo que resta, transporta raças que ultrapassam a barreira incessante conservando o gelo da idade…
Migrando cidade em cidade, sobrevivendo a passados e futuros antes.

Ir a qualquer parte da história sem nenhum entrave, viajar na máquina da sociedade, antes e depois temporal nos conceitos, conservar a juventude e os peitos
viver como uma bola de cristal, conhecer o segredo e a sorte do pantanal.

Como um mago, profetizar e antever o que vai acontecer…

E nunca haverá no mundo uma única palavra que não tenha um descendente,
um pai ou tido duma mãe em dor, nem sinónimo bastardo que não tenha uma quadra que revele o dicionário da sua gente, ou um sinal que não conheça o significado amor.





















terça-feira, 11 de julho de 2006

O BANCO





O BANCO




Ele descansa e sonha, sonhando.
Abraça as quatro estações do ano.

Tem a companhia da lua
amiga de verão inquieto,
e no sol de inverno
apenas neva e chuva.

Mas é no Outono cinzento
que a tristeza a cerca,
vem de parte incerta
na poeira do vento.

Ama as estrelas e não cansa
acolhe o poeta.
Ama pessoas, sofre, chora,
sorri para uma criança.

Sozinho, é a primavera
ternura de uma rosa…

Em seu poiso amando
deita-se ao comprido…
Amado desejo do banco
um triste sem-abrigo…

A manta da noite fechando.

No mundo, uma lágrima perdida
embala na cama o pranto…

E o banco chora na sua companhia.