quarta-feira, 10 de setembro de 2008

MERETRIZ







MERETRIZ

Musa de papel químico
profícua fêmea de hoje
colorido solto proibido.

À ombreira da noite
deu à costa sua sina...

Ofício da lágrima antiga
à triste maresia rasa
pelas ladeiras da estrada
beira-mar maré perdida.

Passos nas trevas escondida
por esquinas inseguras
ganhando a puta da vida!
Com o corpo na dura luta.

Seja à porta do fraco leito
no teatro do falso amor
ardores que são por inteiro
à laia da maneira que for…

Saco lixo ventre mulher!
Profissão gasta de amar
qualquer coisa como fundição,
objeto de lascívia a sangrar
passado de mão em mão,
à forma do jeito qualquer.